Na cidade de São Paulo, mesmo locais com menor índice de poluição ultrapassam meta internacional

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Nas regiões de Pinheiros e da Cidade Universitária, exposição a material particulado fino é menor, mas ainda muito intensa

O que poderia ser motivo para alívio se transformou em preocupação. Após a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgar que os índices de poluição da capital paulista diminuíram levemente em 2013 com relação ao ano anterior, outro relatório mostrou que, ainda assim, o nível de poluentes a que o paulistano está exposto excede bastante a métrica saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (veja mais aqui).

O relatório internacional, que coletou dados de 1,6 mil cidades em 91 países distintos se centra no material particulado fino (MP 2,5), que pode ser mais facilmente absorvido pelos pulmões. Segundo a OMS, o índice seguro de exposição ao MP 2,5 é de 10 microgramas por metro cúbico (µg/m³). Na cidade de São Paulo, o estudo apontou que havia a exposição anual a 19 µg/m³ em 2012, quase o dobro do recomendado.

Segundo os dados da Cetesb, que se referem a 2013 e foram divulgados também no dia 7 de maio, ainda não foi possível estabelecer uma média de exposição em toda a cidade. No entanto, mesmo em pontos em que os níveis foram menores, como na Cidade Universitária (15 µg/m³) e em Pinheiros (18 µg/m³), eles excedem o limite imposto internacionalmente. Congonhas apresentou 20 µg/m³, Parelheiros obteve 22 µg/m³ e a marginal Tietê, na altura da Ponte dos Remédios, teve índice de 27 µg/m³.

O conjunto de sete relatórios apresentados pela Cetesb mostrou uma leve queda no índice de poluição em São Paulo, mas ainda longe de ser suficiente. No entanto, as concentrações de dióxido de enxofre e monóxido de carbono registrados na Região Metropolitana ficaram entre os mais baixos da década. A empresa elabora um plano para a redução da poluição na cidade. Três metas intermediárias deverão ser cumpridas – ainda inferiores à recomendação da OMS. Após a obtenção desses novos índices é que se tentará atingir o nível seguro.

Clique aqui e confira o estudo da OMS na íntegra. Clique aqui para ver o relatório da Cetesb. Caso queira saber sobre os malefícios que a poluição causa, clique aqui.

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