Por ONU News | Um acordo histórico para proteger a biodiversidade foi anunciado no encerramento da Conferência sobre Biodiversidade, COP15, em Montreal, no Canadá, na manhã desta segunda-feira.
Os países participantes concordaram em preservar um terço da natureza do planeta até 2030. Além de metas para a proteção de ecossistemas vitais, como florestas tropicais e pântanos, e os direitos dos povos indígenas.
O texto adotado do Quadro de Biodiversidade Global de Kunming-Montreal inclui várias metas importantes que enquadram as ações a serem tomadas agora para deter a perda desenfreada de biodiversidade, como será o financiamento e como o progresso será monitorado e relatado.
A biodiversidade está realcionad a todos os seres vivos e à maneira como estão conectados em uma complexa teia de vida que sustenta o planeta.
Cientistas alertaram que, com a perda de florestas em taxas sem precedentes e os oceanos sob pressão da poluição, os humanos estão empurrando a Terra para além dos limites seguros.
Isso inclui o aumento do risco de doenças, como SARs CoV-2, Ebola e HIV, que se espalham de animais selvagens para populações humanas.
Segundo o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, a comunidade global se uniu e concordou com um caminho ambicioso. Mas, agora, é preciso levar adiante essa visão.
Através da iniciativa “Pnud Nature Pledge”, ou a Promessa da Natureza do Pnud, a agência, juntamente com o Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, e outros parceiros, está comprometida com as mudanças que podem transformar o rumo da crise da natureza. Agora, mais de 140 países serão apoiados.
Para o Pnud, o acordo é “um momento histórico de reconhecimento dessa verdade e um momento que, se respondido com as ações previstas, pode definir um rumo para um futuro próspero em um planeta saudável, que não deixa ninguém para trás”.
O líder da agência da ONU, Achim Steiner, acredita que parcerias nacionais, alcance global e suporte técnico são fundamentais para mobilizar a ação decisiva para enfrentar as crises planetárias.
Já a diretora executiva do Pnuma, Inger Andersen, também elogiou a adoção do documento. Para ela, isso representa apenas um primeiro passo para redefinir o relacionamento das pessoas com o mundo natural.
Andersen destacou que “as ações que realizamos pela natureza são ações para reduzir a pobreza, para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável melhorar a saúde humana.”
Este texto foi originalmente publicado por ONU News de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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