Apesar da crise econômica gerada pela pandemia, consumo consciente ainda se faz presente no país
Em março de 2020, marcado pelo começo da pandemia, os consumidores conscientes agiram em conjunto para fortalecer a economia local. Pequenos negócios pequenos foram impulsionados e os hábitos de consumo consciente se alastraram pelo mundo, mas principalmente pelos Estados Unidos.
Porém, ao decorrer da pandemia e com o agravamento da situação econômica e da crise de saúde, esses hábitos foram se perdendo.
A empresa americana Good Must Grow é responsável pela análise de hábitos comportamentais envolvendo o consumo. No seu relatório de 2020, a redução de atos responsáveis criou um recorde jamais visto.
A economia mundial saiu aos tropeços com o avanço da pandemia. Os negócios locais fecharam, muitas pessoas perderam os empregos e se estabeleceu o caos, inviabilizando a empatia pelos pequenos negócios. Não era possível ajudar uns aos outros quando a pandemia desestabilizou economicamente grande parte da população responsável por manter hábitos de consumo consciente.
Ajudar negócios locais não era mais uma prioridade, assim como continuar comprando o necessário de forma consciente. As pessoas priorizam o conforto e a sobrevivência durante momentos tumultuosos, o que era de se esperar durante a instabilidade da pandemia.
Acompanhando esses dados, representantes da Good Must Grow assumiram que esses hábitos iriam prevalecer em 2021, e que o ano seria outro sem a presença do consumo consciente. Porém, novas pesquisas mostraram um aumento de 25% em bons hábitos relacionados ao consumo.
Acredita-se que a pandemia foi responsável pelo reconhecimento de empresas benfeitoras — que apresentam propósitos fortes além do lucro.
Cerca de 83% dos entrevistados pela Good Must Grow indicaram que a forma em que os funcionários foram tratados durante a pandemia é um fator que determina se a empresa merece ser apoiada no futuro ou não. Em relação a 2020, esse número aumentou em 11%.
Além disso, o desejo de ver empresas demonstrando impactos positivos na sociedade e no meio ambiente subiu de 67% para 76%.
Novas análises precisam ser feitas para avaliar a prevalência desse pensamento positivo da sociedade, porém, parece que a pandemia foi responsável pelo plantio de boas sementes comportamentais.