Não é só impressão sua: o tempo está realmente passando mais rápido

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Você já teve a sensação de que o tempo tem passado “voando” nos últimos tempos? Segundo o periódico internacional The Telegraph, ele realmente está! De acordo com cientistas, a Terra tem girado muito mais rapidamente do que o normal nos últimos 50 anos, completando sua rotação em 1,4602 milissegundos a menos do que os habituais 86.400 segundos.

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A velocidade de rotação da Terra varia constantemente, por causa do movimento complexo de seu núcleo derretido, oceanos e atmosfera, bem como pelo efeito de corpos celestes. A fricção das marés e a mudança na distância entre a Terra e a Lua causam variações diárias na velocidade de rotação do planeta em seu eixo, de acordo com o The Telegraph. O periódico acrescenta que mesmo a neve que se acumula nas montanhas e derrete no verão pode deslocar a rotação.

Em 1960, o desenvolvimento de relógios atômicos permitiu aos cientistas registrar com exatidão a passagem do tempo. Isso levou à descoberta de que a rotação do planeta é, na verdade, muito mais variável do que se pensava. Desde o início dessas medições, descobriu-se também que a Terra estava desacelerando seu giro muito gradualmente (o que é compensado pela inserção de um segundo bissexto de vez em quando).

No ano passado, no entanto, a situação se inverteu, depois de um aumento significativo da velocidade que guia o movimento de rotação do planeta. Dezenove de julho de 2020 foi registrado como o dia mais curto desde que os registros começaram a ser feitos. Segundo o The Telegraph, o dia mais curto registrado anteriormente, em 2005, foi superado 28 vezes em 2020. A previsão é de que o ano de 2021 seja o mais rápido de todos os tempos, com o dia médio passando 0,5 milissegundos mais rápido que o normal.

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Na prática, o que isso quer dizer?

A aceleração do planeta sugere a possível necessidade de um ajuste, num futuro próximo, dos anos bissextos e até dos medidores de tempo atômicos. Seria a primeira vez na história que um segundo seria removido dos relógios globais. Peter Whibberley, pesquisador do National Physical Laboratory, declarou ao periódico que, atualmente, a Terra está girando mais rápido do que em qualquer momento dos últimos 50 anos.

No domingo (3), o dia solar durou apenas 23 horas, 59 minutos e 59,99998927 segundos. No decorrer de 2021, espera-se que os relógios atômicos acumulem um atraso de cerca de 19 milissegundos. Embora possa levar centenas de anos para que a diferença se torne óbvia para a maioria das pessoas, os modernos sistemas de comunicação e navegação por satélite dependem que o tempo seja consistente com as posições convencionais do sol, da lua e das estrelas.

Cientistas garantem que há muitos fatores envolvidos na rotação planetária – incluindo a atração da lua, níveis de queda de neve e erosão das montanhas. Eles também começaram a se perguntar se o aquecimento global poderia fazer a Terra girar mais rápido, à medida que as camadas de neve e as neves de alta altitude começassem a desaparecer.

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Os cientistas da computação, por outro lado, estão um tanto preocupados com a mudança na velocidade de rotação, porque grande parte da tecnologia moderna é baseada no que eles descrevem como “tempo real”. Adicionar um segundo bissexto negativo nos relógios globais poderia, segundo eles, levar a problemas. Por isso, alguns especialistas propõem alterar os relógios do mundo da hora solar para a hora atômica.

Equipe eCycle

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