Neuroacústica: o que é, princípios e aplicação

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A neuroacústica é uma aplicação direta de combinações sonoras, únicas para cada paciente, que tem o intuito de gerar respostas psicológicas positivas. O método de estimulação acústica, criado e patenteado pelo pesquisador Jeffrey Thompson, é capaz de melhorar a saúde mental e aumentar o bem-estar por meio do uso de frequências sonoras.

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Princípios da neuroacústica 

Os princípios da neuroacústica são baseados em dois conceitos básicos: o de que todo o tecido ressoa frequências sonoras específicas e o de que existem mecanismos no sistema nervoso que sincronizam funções neurofisiológicas com pulsações rítmicas do mundo externo.

Ressonância física 

O primeiro conceito é parte da física, ele dita que todo o objeto existente tem uma frequência específica, na qual ele consegue entrar em um estado vibratório. De acordo com os pesquisadores da neuroacústica, e o próprio desenvolvedor Jeffrey Thompson, todo o órgão e osso humano tem sua frequência de ressonância, que é determinada pelo seu tamanho, densidade e massa.

Para o tratamento de neuroacústica, que promove melhoria da saúde mental na atividade do sistema imunológico e alívio de sintomas físicos de hipertensão, essa característica do organismo humano é essencial. Apesar de existirem outras abordagens da neuroacústica no mundo, a de Thompson prega a identificação da frequência de tecidos como o cérebro e da coluna vertebral.

Oscilação Acoplada e Biossincronização

O princípio da oscilação aclopada tem fundamentos em outro conceito, descrito pelo físico Christiaan Huygens. A ideia é de que, depois de algum tempo juntos, o pêndulo de dois relógios vão sincronizar seus movimentos (movendo-se no mesmo ritmo, mas em direções contrárias). Isso passa a acontecer meia hora depois dos objetos se encontrarem e continua indefinidamente.

Apesar de não ter sido considerado por muitos anos, o princípio de Huygens já foi observado em partículas, nebulosa intergaláctica e até mesmo em sistemas biológicos — como a menstruação. No caso do período de menstruação, ou do ciclo circadiano, o processo é chamado de biossincronização, e é utilizado pelo corpo como um meio de economizar energia. 

Estudos realizados ainda no século XX mostraram que as ondas cerebrais respondem ao estímulo externo através da biossincronização. Ou seja, essas ondas vão se alinhar aos pulsos de um som externo, se ele for fornecido na velocidade necessária para a adaptação cerebral. 

Por isso, existem métodos de estimulação através de frequências que causam tranquilidade ou até mesmo colocam as pessoas em estado de “sonho”. Essas técnicas podem ser utilizadas para a meditação, ou para o tratamento daqueles que sofrem com insônia, depressão e ansiedade.

Tratamento neuroacústica

Com intuito de reduzir experiências de estresse agudo, gerar relaxamento e melhores noites de sono, a neuroacústica é aplicada e usada para equilibrar o sistema nervoso simpático e parassimpático. Tudo isso utilizando tecnologias que fazem análises em tempo real dos batimentos cardíacos e do estado do paciente.

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É comum que, para realizar o tratamento com neuroacústica, o médico utilize a voz do próprio paciente, já que ela é inerente ao seu organismo. Para isso, ele vai gravar o som, desacelerar e tocá-lo ao contrário em frequências baixas a altas. Enquanto isso, o paciente vai estar deitado em uma mesa, que distribui as ondas sonoras ao seu ouvido, coluna vertebral, músculos e ossos. 

Antes de começar todo o processo terapêutico da neuroacústica, o profissional deve descobrir a frequência corporal do paciente e encontrar o melhor plano para seus sintomas físicos ou emocionais. É comum que seja prescrito para a pessoa que ela ouça sua frequência de sons em casa, antes de dormir ou ao longo do dia, com fones de ouvido de neuroacústica para dormir ou em um aparelho de som. 

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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