A nictofobia é o medo extremo do escuro, com o nome que deriva da palavra grega para “noite”. As fobias, diferentemente dos medos, são um tipo de transtorno de ansiedade caracterizadas pelo medo irracional, incontrolável e, muitas vezes, constante.
Muitas vezes também conhecida como escotofobia ou ligofobia, a nictofobia, assim como os outros transtornos de ansiedade que resultam do medo, podem afetar diretamente a vida de um indivíduo. Muitas vezes, o medo sentido por essas pessoas é tão intenso e severo, que elas podem evitar diversas situações onde o escuro pode estar presente.
O medo do escuro é relativamente comum, com até 45% de crianças sofrendo de algum nível desse fenômeno. E, embora o medo do escuro seja mais ocorrente em crianças dos 6 aos 12 anos de idade, ela também pode prevalecer até a vida adulta. Principalmente se o medo não for tratado.
Além do medo do escuro, a nictofobia pode possuir outros indícios que ajudam na sua identificação. Pessoas com casos severos dessa fobia podem sentir ansiedade extrema ao entrar em ambientes escuros, ao dormirem sozinhos, quando o Sol se põe ou até quando assistem alguma forma de mídia em que os personagens estão em locais sem a incidência de luz.
Sendo um transtorno da ansiedade, alguns sintomas da nictofobia são físicos e derivam do ataque de pânico, como:
Uma pequena pesquisa publicada no Journal of Experimental Psychology também comprovou que pessoas que sofrem com nictofobia podem, também, passar por algum tipo de insônia, por não conseguirem dormir bem em locais escuros.
Assim como outras fobias específicas, a nictofobia pode ser uma resposta a um trauma emocional ou físico que envolve, de algum modo, o escuro. Ou seja, uma forma de transtorno do estresse pós-traumático. Porém, essa não é a única causa da fobia.
Cientistas comprovaram que o escuro possui um efeito no cérebro que causa uma resposta de “sobressalto” (startle response, em inglês). Isso resulta na liberação de químicos que podem aumentar a percepção de ansiedade de uma pessoa. E, embora grande parte das pessoas consigam inibir esses sentimentos, pessoas com nictofobia, em vez disso, ampliam-nos, criando níveis extremos de medo.
Além disso, uma teoria sobre as causas da nictofobia também disserta que o medo da escuridão é uma resposta à falta de estimulação visual.
Por outro lado, alguns pesquisadores teorizam que o medo do escuro, ou o medo da noite, deriva de instintos de sobrevivência dos antepassados humanos. De acordo com essa hipótese, a sobrevivência desses antepassados era dependente de outros possíveis predadores mais adaptados à escuridão.
O tratamento da nictofobia pode ser feito através de profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras, ou através de um cuidado feito em casa — dependendo do grau e severidade do medo.
Algumas técnicas para tratar a nictofobia em casa incluem:
A terapia, em geral, é utilizada para identificar a causa do medo, assim, tratando-o. Porém, diversos tipos de terapia profissional podem ajudar a tratar a nictofobia, como:
Muitas vezes, se o medo persistir durante a terapia, o paciente pode ser encaminhado a consultas com psiquiatras, que podem tratar os sintomas da nictofobia e de outros transtornos mentais que podem estar relacionados com esses sentimentos. Isso é feito através de medicamentos que podem variar de acordo com a intensidade do medo, como remédios contra a ansiedade e ataques de pânico.
No entanto, como a insônia também é fortemente associada ao medo do escuro, profissionais também podem indicar suplementos de melatonina, que ajudam a regular o sono.
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