Aprenda como diferenciar os dois subtipos das nuvens nimbus
O termo “nimbus” é usado para descrever tipos de nuvens de dois específicos subtipos — as nuvens nimbostratus e cumulonimbus. Ambas são caracterizadas por permanecerem em baixas altitudes e por produzirem precipitação — como chuva, neve e granizo.
Porém, embora pertençam à mesma categoria, possuem diferenças que as distinguem uma da outra. Entenda mais sobre as nuvens nimbus.
Nuvens nimbostratus
A palavra nimbostatus vem do latim e combina os termos “nimbus” (nuvem) e “stratus” (achatado ou espalhado).
As nuvens nimbostratus são camadas de nuvens escuras, cinzentas e espessas o suficiente para bloquear o Sol e produzir chuva persistente. Elas são pertencentes a altitudes baixas, abaixo de 2 mil metros, e são originadas de temperaturas mais quentes.
Essas nuvens se formam através do aprofundamento e espessamento de uma nuvem altostratus — nuvens médias, formadas quando grandes massas de ar quente e úmido sobem, causando a condensação do vapor d’água. Elas se estendem pelas camadas inferior e média da troposfera, trazendo chuva para a superfície abaixo.
Como uma nuvem de chuva, ela é acompanhada pela precipitação moderada contínua ou neve, que podem durar até algumas horas. Esse tipo é, também, caracterizado por cobrir a maior parte do céu.
Nuvens cumulonimbus
Também conhecidas como “Rei das Nuvens”, as nuvens cumulonimbus existem em toda a altura da troposfera, e são geralmente caracterizadas por seus topos em forma de bigorna. Assim como no caso das nuvens nimbostratus, o seu nome deriva do latim e combina as palavras “nimbus” (nuvem) e “cumulus” (monte, acumulação).
Considerada uma das nuvens de chuva mais perigosas, a nuvem cumulonimbus é o único tipo de nuvem que pode produzir granizo, trovões e relâmpagos. A base da nuvem é geralmente plana, com uma camada escura por baixo, permanecendo apenas algumas centenas de metros acima da superfície da Terra.
Elas são formadas devido à convecção vigorosa (ascensão e tombamento) de ar quente, úmido e instável e comumente levam à ocorrência de nuvens cumulus — nuvens de desenvolvimento vertical que têm bases planas e são comumente descritas como “fofas”.
Associadas com climas extremos, como fortes chuvas torrenciais, tempestades de granizo, raios e tornados, essas nuvens podem acumular a mesma quantidade de energia que 10 bombas atômicas do tamanho de Hiroshima. E, embora nuvens cumulonimbus individuais se dissipem rapidamente após a chuva, a sua acumulação causa chuvas intensas que podem durar muito mais tempo.
Subcategorias das nuvens cumulonimbus
Nuvens cumulonimbus possuem 3 “espécies” distintas que descrevem a aparência do topo da nuvem, são elas:
- Calvus: o topo da cumulonimbus calvus é “fofo”, como uma nuvem cumulus. Ou seja, as gotículas de água no topo da torre de nuvens não congelaram para se tornarem cristais de gelo.
- Capillatus: o topo da cumulonimbus capillatus é “fibroso”, mas relativamente contido. As gotas de água começaram a congelar, geralmente indicando que a chuva começou ou começará em breve.
- Incus: as nuvens cumulonimbus incus possuem topos “fibrosos” e bem definidos, geralmente semelhantes à uma bigorna. Elas são caracterizadas por continuarem crescendo após atingirem a troposfera.
Qual é a principal diferença entre as principais nuvens nimbus?
Quando as nuvens cumulonimbus se acumulam e cobrem todo o céu, podem ser facilmente confundidas com suas “primas da espécie nimbus” — as nimbostratus. No entanto, é possível diferenciá-las através do tipo de precipitação que produzem.
Se a precipitação for do tipo chuvosa, ou se for acompanhada de raios, trovões ou granizo, a nuvem é cumulonimbus.
A criação de nuvens nimbus
A ocorrência de nuvens nimbus, assim como a de outras nuvens, deve-se ao incrível poder da natureza. Entretanto, o artista visual Berndnaut Smilde parece ter descoberto a ciência necessária para criá-las.
Embora não sejam marcadas pela precipitação, como nimbus naturais, as nuvens criadas por Smilde possuem uma característica similar entre ambas: a altitude. O artista foi capaz de sintetizar nuvens entre quatro paredes e um teto.
“Algumas coisas você só quer questionar por si mesmo e ver se podem ser feitas. Imaginei-me andando em uma sala de museu com apenas paredes vazias. Não havia nada para ver, exceto uma nuvem de chuva pairando na sala”, escreveu Smilde por e-mail à The Smithsonian Magazine.
Para concretizar sua visão, Smilde usou o aerogel, uma substância composta por 99,8% de ar e o material sólido mais leve da Terra.
“Ao experimentar e testar diferentes métodos com controladores de temperatura e umidade, peguei o jeito. Não é realmente um processo de alta tecnologia. Eu faço as nuvens usando uma combinação de fumaça, umidade e iluminação de fundo adequada. Posso adaptar e controlar o cenário, mas as nuvens serão sempre diferentes”, explicou.
Confira o trabalho de Smilde no vídeo a seguir: