Ninguém está preparado para a nova e mortal era de lixo espacial 

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O lixo espacial é uma preocupação crescente no campo da astronomia e da gestão de detritos. O aumento do lançamento de satélites, especialmente por empresas privadas como a SpaceX, está causando não apenas poluição luminosa, mas também gerando riscos concretos de queda de detritos em áreas habitadas.

Por isso, é importante que haja uma regulamentação mais rigorosa e uma aplicação eficaz das leis espaciais existentes para garantir que as empresas responsáveis por lançamentos espaciais sejam responsabilizadas por qualquer dano causado pelos seus detritos.

Embora as leis internacionais como o Tratado do Espaço Exterior e a Convenção de Responsabilidade Espacial estejam em vigor, na prática, a aplicação dessas leis pode ser complexa e ineficiente, especialmente quando se trata de interações entre indivíduos e grandes corporações.

Para lidar com o aumento de detritos espaciais e suas consequências, especialistas defendem que são necessárias ações em várias frentes:

  1. Adoção de políticas mais rigorosas para evitar a criação de detritos espaciais: Isso pode incluir exigências de que todos os satélites e componentes lançados tenham um plano claro de desorbitagem segura e completa.
  2. Melhorar a monitorização e previsão de reentradas de detritos: Sistemas de rastreamento avançados podem ajudar a prever com mais precisão onde os detritos podem cair e alertar as áreas potencialmente afetadas.
  3. Revisão e atualização das leis espaciais internacionais: As leis atuais foram criadas em uma época em que apenas os governos lançavam satélites. Elas precisam ser atualizadas para refletir a realidade atual de lançamentos frequentes por empresas privadas.
  4. Estabelecer procedimentos claros para a recuperação de detritos espaciais: Isso incluiria instruções claras para indivíduos e autoridades locais sobre como agir em caso de queda de detritos espaciais, garantindo que as empresas responsáveis sejam rapidamente notificadas e que a segurança pública seja priorizada.

A crescente preocupação com a proliferação de satélites e seus impactos ambientais e de segurança deve incentivar uma cooperação internacional mais robusta para desenvolver soluções eficazes. As nações devem colaborar para criar um ambiente espacial sustentável, protegendo tanto o espaço quanto a Terra de possíveis danos.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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