Níveis de esperma em homens de países desenvolvidos diminuiu quase 60% em 40 anos, segundo pesquisa

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Homens na América do Norte, Europa, Nova Zelândia e Austrália estão diminuindo a produção de esperma rapidamente. Um novo estudo da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriu que o declínio total chegou a 59% nos últimos quarenta anos, o que os pesquisadores descreveram como “um alerta urgente”.

O estudo, liderado pelo professor Hagai Levine, foi publicado na Human Reproduction Update, em julho.

“Ao pesquisar 7,5 mil estudos e realizar uma análise de meta-regressão em 185 estudos entre 1973 e 2011, os pesquisadores encontraram um declínio de 52,4% na concentração de espermatozoides e um declínio de 59,3 por cento na contagem total de esperma entre homens da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia que não foram selecionados com base em seu status de fertilidade. Em contraste, nenhum declínio significativo foi observado na América do Sul, Ásia e África, onde muito menos estudos foram realizados “.

Houve relatos de diminuição da fertilidade masculina ao longo do último quarto de século, mas os estudos relacionados têm sido amplamente criticados pela comunidade científica. Este, no entanto, é diferente. Mesmo os céticos, como o Prof. Allan Pacey, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, admitem que o time de Levine fez um trabalho excelente e completo. BBC cita Pacey:

“Nunca fui particularmente convencido pelos muitos estudos publicados até agora alegando que as contagens de esperma humano diminuíram no passado recente. No entanto, o estudo hoje realizado pelo Dr. Levine e seus colegas lidam de frente com muitas das deficiências de estudos anteriores “.

Levine, que é um epidemiologista, disse à BBC que, se o atual declínio continuar, os seres humanos poderiam se tornar extintos:

“Se não mudarmos as formas em que vivemos e o meio ambiente e os produtos químicos aos quais estamos expostos, estou muito preocupado com o que acontecerá no futuro. Eventualmente, podemos ter um problema, e com a reprodução em geral, e pode ser a extinção da espécie humana“.

Apesar dessa visão nada animadora, o estudo não oferece sugestões concretas sobre o motivo do declínio. Com base em outras pesquisas, o comum é a atribuição da diminuição da contagem de esperma a fatores ambientais, como produtos químicos em bens de consumo, pesticidas e plásticos, em particular, disruptores endócrinos; a fatores de estilo de vida, como obesidade, tabagismo, dieta ou até mesmo assistir muita TV; e à exposição química pré-natal.

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