O sapo do deserto de Sonora, conhecido cientificamente como Bufos alvarius, libera uma substância tóxica que pode apresentar efeitos nocivos à saúde. Ainda assim, algumas pessoas estão dispostas a arriscar suas vidas e colocar populações de sapos em risco de extinção para usufruir de supostos efeitos psicodélicos.
O Serviço Nacional de Parques do Deserto do Sonora, nos Estados Unidos, divulgou recentemente um aviso incomum, pedindo aos visitantes que parem de lamber sapos.
“Como dizemos em relação à maioria das coisas que você encontra em um parque nacional, seja uma lesma, um cogumelo desconhecido ou um grande sapo com olhos brilhantes na calada da noite, evite lamber”, pedia o anúncio na placa.
O aviso postado no Facebook na semana passada se refere especificamente ao sapo do deserto de Sonora, também conhecido como sapo do rio Colorado.
“Esses sapos têm glândulas parotoides proeminentes que secretam uma toxina potente”, escreveu a agência. “Você pode ficar doente se você manusear o sapo ou colocar o veneno na boca.”
No entanto, as pessoas o procuram de qualquer maneira por outra coisa que ele secreta: uma substância alucinógena chamada 5-MeO-DMT.
Mais uma captura de um sapo tóxico atravessando a estrada durante um dia quente de verão no deserto de Sonora de Peoria, Arizona, já que muitos deles invadiram as ruas após uma grande monção de inundação em agosto de 2021.
Embora as secreções possam causar efeitos psicodélicos, o National Capital Poison Center observa observa que a toxina também pode “causar irritação severa, dor e danos nos tecidos”. Uma ou duas lambidas podem causar “dormência na boca e na garganta, bem como efeitos graves e com risco de ataque cardíaco”.
A agência adverte: “Esses efeitos incluem ritmo cardíaco irregular, bloqueio cardíaco, redução da pressão arterial e parada cardíaca. Esses efeitos graves também podem ocorrer após a absorção pela pele.”
O sapo agora é considerado ameaçado no Novo México devido em parte à “ coleta excessiva ” por pessoas que procuram essas secreções que alteram a percepção da realidade.
O New York Times no início deste ano informou que a demanda pelas secreções colocou o sapo em risco de “colapso populacional”.
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