Antílope, animal adorado em Angola e alvo de caçadores. Imagem: Pnuma/WED2016
No domingo, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, as Nações Unidas reforçaram a importância do fim dos crimes contra animais selvagens. Angola foi escolhido como país sede das celebrações em 2016, por ter “reforçado suas leis e o controle das fronteiras”, segundo o secretário-geral da organização.
Ban Ki-moon lembra que o esforço de Angola está ligado a recuperar as populações de elefantes prejudicadas pela guerra civil do país lusófono. O chefe da ONU acredita que esse tipo de ação “envia a forte mensagem de que espécies selvagens de animais e de plantas são um bem precioso que devem ser geridas de forma sustentável e protegidas do tráfico ilegal”.
O Programa da ONU para o Meio Ambiente é a agência que lidera as celebrações. Na província angolana de Cuando Cubango, o chefe do Pnuma conversou com a Rádio ONU.
Achim Steiner destacou o apoio que a ONU está dando para o governo e o povo de Angola.
“Um conflito da natureza e do homem, mas também uma pergunta de coexistência. Essa é a ideia do 5 de junho e vamos continuar com a celebração. Nós do sistema das Nações Unidas estamos todos juntos para ajudar o governo e as comunidades também. Porque a conservação da natureza é um trabalho com o povo. Este é um trabalho de desenvolvimento sustentável, um trabalho que a ONU tem uma grande liderança e também uma solidariedade com o país angolano.”
A província de Cuando Cubango tem uma área de conservação florestal com várias espécies de animais e por isso é considerada uma das mais ricas do mundo em termos de biodiversidade.
Na véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente, o Pnuma inaugurou uma academia de fiscais florestais, que vai transformar ex-combatentes angolanos em “soldado da natureza”.
Segundo a agência, o país serve de fonte e de trânsito do marfim de elefante, que segue pelas fronteiras com a República Democrática do Congo e depois é vendido principalmente em nações da Ásia.
Angola já está aplicando leis contra a caça ilegal, problema que afeta vários países no mundo. Um estudo recém-divulgado pelo Pnuma e pela Interpol mostra a escala dos crimes ambientais no planeta.
Redes transnacionais de crime organizado que exploram a vida selvagem conseguem lucrar entre US$ 91 bilhões e US$ 258 bilhões por ano (cerca de R$ 910 trilhões). O valor representa um aumento de 26% em relação a estimativas anteriores.
Fonte: Rádio ONU
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