Noni, cujo nome científico é Morinda citrifolia, é uma fruta amarelo-esverdeada pertencente à árvore de nome científico Morinda citrifolia. Ela é originária do sudeste da Ásia, mas cultivada mais frequentemente no Taiti. Além disso, a sua árvore pode ser encontrada em grande escala em Nicobar, Polinésia, Havaí, Austrália, Pacífico Sul, Ilhas do Caribe Andaman, outras ilhas do pacífico e mais alguns lugares em menor escala, como o Brasil.
Em outros lugares do mundo, a fruta noni também é conhecida como nonu ou cheese fruit, que significa “fruta de queijo”. Isso porque, quando cortado, ele libera um odor semelhante ao de queijo.
A árvore de noni cresce em diversos tipos de solos e pode atingir de três a dez metros de altura. Em boas condições de nutrientes e água, ela pode florescer e dar frutos o ano inteiro.
O noni com suco de uva é uma combinação que tem sido apreciada há muito tempo pelos polinésios. O noni é uma fruta considerada medicinal há mais de dois mil anos nessa região. Quando misturado com o suco de uva, fica mais gostoso de tomar, pois o noni sozinho pode ter um sabor não tão agradável.
Segundo a crença dos polinésios, o suco de noni tem propriedades curativas que ajudam o sistema imunológico e podem tratar várias doenças, como bactérias, infecções virais, parasitas, fungos e tumores, o que o torna uma opção popular para melhorar a saúde.
Para fazer o suco de noni tradicionalmente, a fruta é armazenada em recipientes fechados por quatro a oito semanas, o que permite a fermentação natural. Depois disso, o suco é extraído por lixiviação ou pressão mecânica e, em seguida, pasteurizado para garantir sua segurança e qualidade. Depois, é misturado ao suco de uva.
Essa mistura não só deixa o sabor melhor, mas também traz mais benefícios à saúde. O suco de uva por si só já é rico em antioxidantes, vitaminas e minerais, o que ajuda a proteger as células e o funcionamento do corpo. Quando combinado com o suco de noni, esses benefícios se potencializam, tornando a bebida ainda mais nutritiva e saudável.
No entanto, é importante lembrar que as informações sobre os benefícios do noni e seu suco são baseadas em tradições e práticas antigas. Embora muitas pessoas afirmem sentir melhoras na saúde com o consumo do suco de noni, a ciência moderna ainda está investigando e buscando comprovar cientificamente seus efeitos terapêuticos. Antes de tomar qualquer suplemento ou mudar a dieta, é sempre bom consultar um profissional de saúde qualificado para ter orientação adequada e segura.
Os benefícios da fruta noni foram analisados em um estudo conduzido pela Universidade Federal do Ceará, que compilou pesquisas internacionais destacando seus efeitos antibacterianos, anticancerígenos, antioxidantes, anti-inflamatórios e analgésicos, bem como a presença de vitamina C entre seus componentes.
Entretanto, é importante ressaltar que esses estudos científicos foram realizados em ratos, o que tem sido alvo de críticas. Essa questão ganha relevância especialmente quando comparado a outro estudo, publicado pelo Baishideng Publishing Group, que apontou efeitos tóxicos do consumo de suco de noni em relação ao fígado e uma série de outros efeitos adversos em seres humanos, incluindo dor abdominal, diarreia e vômito.
O fruto é comumente utilizado na Polinésia e em outros países para tratar doenças como dislipidemia, diabetes, câncer, hipertensão, cicatrização, dentre outras. No entanto, é importante mencionar que não há evidências científicas suficientes que comprovem tal eficácia.
No Brasil, a prática do cultivo do noni é relativamente recente, geralmente conduzida por pessoas que importaram sementes do Caribe ou da Polinésia, tornando-se vendedores de sementes ou mudas através da internet. Além disso, é possível encontrar o noni em feiras livres e mercados públicos. É importante destacar que a venda da fruta em si não é proibida e que ela pode ser consumida.
No entanto, a comercialização de produtos contendo noni enfrenta restrições impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela proíbe a venda desses produtos sem a devida comprovação de segurança, conforme estabelecido nas resoluções nº. 16/1999 e nº. 278/2005.
Em relação aos usos farmacológicos e terapêuticos do noni, a Anvisa destaca que os estudos atuais ainda não são suficientes para garantir sua segurança, especialmente porque a maioria dessas pesquisas é baseada apenas em experimentos com animais roedores, os quais têm uma previsão de apenas 43% dos efeitos adversos em humanos. Portanto, apesar da popularidade e do potencial atribuído ao noni, é fundamental que a segurança e eficácia de seus usos sejam adequadamente comprovadas através de maiores estudos clínicos.
Enquanto essa polêmica em torno do noni não se resolve, não se preocupe, você pode utilizar outras alternativas. Conheça “18 remédios naturais para cultivar em casa” e acompanhe as dicas alimentares do Portal eCycle.
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