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Especialistas não conseguem apontar origem de lixo espacial que entrou em contato com a Lua

Cerca de três toneladas de lixo espacial colidiram com a Lua no último sábado (4), possivelmente criando uma cratera de aproximadamente 20 metros de diâmetro. Os impactos da colisão não puderam ser estudados nem observados por especialistas. 

O lixo que originou a colisão vem viajando pelo espaço por sete anos e não obtém origens confirmadas, porém, cientistas sugerem que ele pode ter derivado de um foguete lançado pela China anos atrás. 

Inicialmente, quando a colisão foi anunciada por cientistas, a empresa americana SpaceX concluíra que o lixo espacial era parte de um foguete lançado por eles em 2015. Porém, eles se corrigiram um mês depois e afirmaram não ser o foguete SpaceX Falcon

Biossegurança espacial: Terra corre risco de invasão de organismos alienígenas?

O impacto ocorreu em uma parte não monitorada da Lua, onde nenhuma tecnologia foi capaz de gravá-lo, porém, o Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA vai procurar pelo local da colisão nas próximas semanas. Não existe previsão da localização da cratera, porém, especialistas acreditam que pode levar semanas ou meses para que ela aconteça. 

A localização do local de impacto poderá oferecer novas informações sobre a colisão. Atualmente, as únicas informações confirmadas são que o lixo espacial viajava em uma velocidade de 9300 km/h e que pesava cerca de 4500 kg.

De acordo com especialistas, quando o lixo espacial entrou em contato com a superfície lunar, parte do objeto se estilhaçou em pedaços de metal que se espalharam pelo espaço. 

Ainda não é possível obter os riscos da colisão ou da disseminação de mais pedaços de lixo espacial. Contudo, especialistas veem a colisão com a Lua como uma oportunidade nova de ensino, onde conseguirão entender um pouco mais sobre o satélite natural da Terra. 

Entretanto, essa talvez seja a primeira instância onde o lixo espacial tenha sido parte de um “acidente leviano”. 

Teste antissatélite da Rússia pode causar problemas em futuras viagens ao espaço

Em novembro de 2021, por exemplo, a Rússia iniciou um teste antissatélites que espalhou 1500 peças de lixo espacial pela órbita terrestre. Os resultados da missão russa terão um impacto enorme no espaço. Os destroços do Kosmo-1408 permanecerão em órbita por anos, podendo comprometer futuras viagens espaciais. Além disso, pode colocar a vida de astronautas que trabalham na Estação Espacial Internacional em perigo ocasional.

Pela falta de atmosfera na Lua, o satélite não consegue evitar colisões com meteoros e asteroides que transitam pelo espaço. Por isso, a superfície lunar já é repleta de crateras que, por conta da ausência de erosão, continuarão visíveis para sempre. 


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