Uma tecnologia inovadora, que promete detectar metais pesados presentes na água de rios e em peixes foi descrita numa publicação da revista “Nature Materials“, no mês de setembro. O sistema, que possibilitará que os seres humanos consumam menor quantidade de água poluída, foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, em parceria com a membros da Escola Politécnica de Lausanne, na Suíça.
O método pode detectar até mesmo quantidades muito pequenas de mercúrio, um dos metais pesados mais nocivos aos humanos (deteriora o sistema nervoso, causa perturbações motoras e sensitivas, tremores e demência – veja mais aqui). Só por conseguir aferir quantidades mínimas dessa substância, o novo sistema já se torna mais eficiente que o procedimento padrão (que utiliza metil mercúrio, um derivado também muito tóxico) usado para medir tóxicos em água, que além de muito caro, só detecta níveis altos de mercúrio na água.
Esse avanço é muito importante, pois, de acordo com os especialistas da universidade americana, se uma pessoa ingere baixas quantidades de mercúrio todos os dias, ela pode trazer problemas à saúde futuramente. Isso porque se trata de uma substância bioacumulativa.
Método
O novo sistema é composto por uma tira de vidro coberta por uma película de nanopartículas “cabeludas” (uma espécie de um “nano-velcro”), que podem ser mergulhadas em água. Quando alguma partícula de metal pesado se aproxima das nanopartículas, as substâncias que elas contêm reagem e os pelos se fecham, prendendo o poluente.
Se a tecnologia for bem sucedida nos demais testes, será possível verificar se há tóxicos saindo da água da torneira de casa.
Cada filme de nanopartícula está previsto para custar entre US$ 1 e US$ 10. O dispositivo ainda não possui preço, a estimativa é que ultrapasse US$ 100.
Imagem: Northwestern/Divulgação
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