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Poluição do ar está acima do limite permitido, em testes com ratos, o ar poluído causou aumento na gordura abdominal

O transporte público é uma das armas de Nova York contra a poluição do ar. A cidade é muito bem servida de metrô. São mais de 330 km de trilhos. Praticamente uma segunda cidade debaixo da terra. Mais da metade das quase 9 milhões de pessoas que vivem lá utiliza esse meio de transporte.

Como em outras metrópoles do mundo, em Nova York o trânsito é o maior poluidor do ar. A contaminação está acima do limite permitido pela agência americana de proteção ambiental, mas já foi muito pior.De 1990 pra cá, a qualidade do ar só melhorou. O índice de monóxido de carbono caiu 73% e de material particulado baixou 43%. O desafio agora é diminuir os níveis de ozônio que ainda estão acima do aceitável.

Pesquisas

Duas novas pesquisas sobre os efeitos da poluição na saúde revelam informações surpreendentes. Pesquisadores das universidades de Ohio e de Nova York fizeram testes com ratos de laboratório. Deixaram os animais durante dez semanas expostos seis horas por dia a um ar poluído, um ar encontrado em áreas urbanas de grandes cidades americanas. A dieta foi mantida normal.

Resultado: as partículas finas de poluição causaram inflamação e alteração nas células de gordura. A quantidade de gordura abdominal aumentou. Além disso, os ratos expostos ao ar poluído tiveram elevações significativas na taxa de glicose, que é a quantidade de açúcar no sangue, e isso só aumenta o risco de diabetes tipo 2, a mais perigosa.

Os cientistas que analisaram os ratos obesos não pesquisaram se os efeitos da poluição sobre ratos em idade adulta seriam os mesmos. Mas uma outra pesquisa, também da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, constatou em ratos de várias idades que a poluição danifica o cérebro e causa problemas de aprendizagem, memória e até depressão.

Em uma caixa bem iluminada, os animais tinham dois minutos para encontrar um buraco escuro, onde se sentiriam mais confortáveis. Aqueles que respiraram o ar poluído levaram mais tempo para descobrir a saída. Para chegar a essa conclusão, a equipe analisou o hipocampo, área do cérebro ligada à memória e outras funções, e descobriu claras diferenças entre um grupo e outro.


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