Novas usinas solares e eólicas adicionaram 4 GW de capacidade no primeiro semestre

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Por Agência epbr | BRASÍLIA — A matriz elétrica brasileira fechou o mês de maio de 2023 com uma expansão de 4,61 gigawatts (GW), com 87,6% da capacidade instalada vindo de usinas eólicas e solares. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 31 de maio 144 usinas entraram e operação comercial.

  • 62 eólicas (2.006,9 MW)
  • 55 solares fotovoltaicas (2.033,2 MW)
  • 19 termelétricas (476,7 MW)
  • cinco pequenas centrais hidrelétricas (82,1 MW)
  • três centrais geradoras hidrelétricas (11,4 MW)

Apenas no mês de maio, 45 plantas entraram em operação, adicionando 1,26 GW à matriz elétrica. Foram 17 usinas eólicas (363,9 MW), 24 solares fotovoltaicas (789,8 MW) e quatro termelétricas (113,4 MW).

Por região, os empreendimentos estão distribuídos em 19 estados, com a Bahia liderando em adições de capacidade (1.559,7 MW), seguida por Minas Gerais (1.107,8 MW), Rio Grande do Norte (798,9 MW) e Piauí (358,9 MW).

No recorte apenas para o mês de maio, a Bahia também registrou o maior salto, com 992,6 MW provenientes da entrada em operação do complexo solar Futura, operado pela Eneva.

A empresa investiu R$ 3,2 bilhões no complexo, que tem mais de 1,4 milhão de placas fotovoltaicas distribuídas em cerca de 1.600 hectares.

Nordeste concentra maiores usinas solares

No total, o Brasil somou 193 GW de potência fiscalizada até 31 de maio pela Aneel, sendo 83,6% das usinas são consideradas renováveis.

Na geração solar, as usinas de grande porte somam cerca de 8,5 GW. As 10 maiores estão na região Nordeste e no estado de Minas Gerais, de acordo com dados da Aneel.

Serra do Mel I (137 MW) e Serra do Mel II (103 MW) no município de mesmo nome no Rio Grande do Norte são as duas maiores usinas em termos de potência em operação no Brasil.

Inauguradas pela Voltalia em 2022, elas somam 540 mil painéis fotovoltaicos fazem parte do maior cluster da companhia no mundo, que possui potencial de 2,4 GW.

O município Oliveira dos Brejinhos, na Bahia, fica a 600 quilômetros da capital Salvador e abriga as terceira, quarta, sétima e oitava maiores instalações: Sol do Sertão VIII (95 MW), Sol do Sertão XIII (75 MW), Sol do Sertão XII (54 MW) e Terra do Sol VII (54 MW).

Operadas pela Essentia Energia, elas foram inauguradas no segundo semestre de 2021 e integram um complexo com mais de um milhão de painéis bifaciais.

Na quinta e sexta posição estão os empreendimentos Luzia 2 e 3, de 59 MW, da Neoenergia, que entraram em operação também no segundo semestre do ano passado, no município de Santa Luzia, na Paraíba.

O grupo investiu cerca de R$ 457 milhões na construção dos parques, que comercializam a energia no mercado livre. A Neoenergia tem um contrato de 12 anos com a operadora de telecomunicações Claro e pretende vender 100% da energia até 2026.

Fora do Nordeste, o Complexo Janaúba, em Minas Gerais, conta com a 9ª, 10ª (e vai até a 22ª) maiores plantas solares. A maioria das usinas entrou em operação no ano passado.

O maior empreendimento solar da Elera Renováveis, com 1,2 GWp, os investimentos são calculados em R$ 3 bilhões. Os 20 parques solares em Janaúba somam 2, 2 milhões de módulos fotovoltaicos em uma área de mais de 3 mil hectares.


Este texto foi originalmente publicado pela Agência epbr de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.

Thalles Moreira

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