Novo plástico para redes de pesca se degrada rapidamente sob luz ultravioleta

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Material resistente se degrada em um quarto em apenas 30 dias, nas condições ideais, e é visto como opção mais ecológica

Imagem editada e redimensionada de Cassiano Psomas, está disponível no Unsplash

Um dos graves problemas do lixo plástico no oceano não é apenas a sujeira que ele cria hoje, mas o rastro de bagunça que ele pode deixar pelos próximos séculos. Cientistas da Universidade de Cornell têm trabalhado em materiais plásticos mais ecológicos para a indústria pesqueira e criaram um novo material que oferece resistência comparável às soluções atuais, mas pode se decompor muito mais rapidamente quando exposto à luz UV.

Segundo a equipe de pesquisa, o setor de pesca comercial contribui com cerca da metade do lixo plástico flutuante nos oceanos – fenômeno conhecido como pesca fantasma. Os plásticos usados para a fabricação de redes de pesca, linhas ou cordas em geral não se degradam facilmente. A linha de pesca, em particular, tem uma vida longa no ambiente marinho, levando até 600 anos para se degradar, muito mais do que as sacolas plásticas, que levam cerca de 20 anos.

Os cientistas da Cornell estão investigando um tipo de plástico chamado óxido de polipropileno isotático, ou iPPO, como uma alternativa mais ecológica às atuais. As origens do iPPO remontam a 1949, mas os pesquisadores passaram os últimos 15 anos aprimorando sua composição para otimizar a força mecânica e reduzir o tempo de degradação do material.

Durante esse longo período de tentativa e erro, a equipe criou uma mistura de ingredientes, ou diferentes variações de iPPO, que poderiam ser sintetizadas ao longo de uma arquitetura singular para produzir os resultados desejados. A nova forma de iPPO é estável durante o uso comum, agindo como um termoplástico durável para a área da pesca, mas se degradando muito mais rapidamente nas condições certas.

“Criamos um novo plástico com as propriedades mecânicas exigidas para a pesca comercial”, diz o pesquisador Bryce Lipinski. “Se eventualmente [o material] se perder no ambiente aquático, ele poderá se degradar em uma escala de tempo realista. Este material pode reduzir o acúmulo persistente de plástico no meio ambiente.”

Em testes de laboratório, a equipe descobriu que, após 30 dias de exposição contínua à luz UV, as cadeias de polímeros que compunham o plástico haviam se degradado para um quarto do seu comprimento original. O jogo final para os pesquisadores, no entanto, é desenvolver um polímero que se degrade completamente. O novo iPPO é uma opção promissor enquanto as pesquisas continuam.

A pesquisa foi publicada na revista American Chemical Society.


Fonte: New Atlas

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