Pressão alta não é mais problema exclusivo de países desenvolvidos e afeta populações de diferentes partes do mundo
Imagem: Banco Mundial / Aisha Faquir
Realizada com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), pesquisa publicada em 15 de novembro pelo periódico britânico The Lancet revela que o número de pessoas com pressão arterial alta já chega a 1,13 bilhão — quase o dobro dos casos registrados em 1975. O estudo é considerado o mais amplo já realizado em todo o mundo, com dados sobre a pressão arterial de cerca de 20 milhões de indivíduos.
A agência de saúde da ONU aponta que a elevação da pressão sanguínea deixou de ser uma doença de países ricos. Atualmente, as nações mais afetadas são as da África Subsaariana — os mesmos que continuam lutando contra a mortalidade infantil e materna e também contra o HIV/Aids.
O estudo do The Lancet destaca a crescente relevância das doenças não transmissíveis — e seus fatores de risco — para a saúde pública. Como a mortalidade infantil e a fertilidade caíram rapidamente nas últimas décadas, a proporção de pessoas idosas aumentou e a carga das patologias que afeta essa população também cresceu.
A pressão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais, e pode ser tratada. Em países com menos recursos, sistemas de saúde devem se adaptar para diagnosticar e controlar a pressão alta de modo que adultos possam levar vidas mais longas e mais felizes.
Acesse o estudo na íntegra aqui.