Extinção em massa é um termo utilizado para caracterizar catástrofes naturais que possuem a capacidade de eliminar cerca de 75% das espécies em 2,8 milhões de anos, segundo o The Conversation. Estima-se que o planeta já tenha passado por cinco períodos de extinção em massa, sendo que os três primeiros mataram organismos primitivos que viviam no mar e o quarto matou répteis e moluscos marinhos.
Há 65 milhões de anos, o quinto e mais famoso evento causou a extinção dos dinossauros. Sabe-se que essa extinção foi provocada pelo impacto de um meteoro que formou a cratera de Chicxulub.
A extinção do Ordoviciano-Siluriano ocorreu há 440 milhões de anos e extinguiu milhares de organismos marinhos. Segundo especialistas, a causa da extinção em massa foi a queda da temperatura e a formação de geleiras, o que fez com que o nível do mar caísse drasticamente.
A extinção do Devoniano aconteceu há 374 milhões de anos e extinguiu 75% das espécies do planeta, sendo que a maior parte era composta por invertebrados marinhos. De acordo com especialistas, a extinção em massa foi causada pelas mudanças ambientais que ocorreram na época, como aquecimento e resfriamento globais, aumento e queda da temperatura e redução de oxigênio e dióxido de carbono na atmosfera.
A extinção do Permiano-Triássico ocorreu há 250 milhões de anos e extinguiu 95% das espécies do planeta. Alguns especialistas acreditam que a Terra foi atingida por um grande asteroide, que trouxe diversas partículas de poeira que bloquearam o Sol e causaram chuva ácida. Outros pensam que uma explosão vulcânica aumentou os níveis de dióxido de carbono na atmosfera e tornou os oceanos tóxicos.
A extinção do Triássico-Jurássico aconteceu há 200 milhões de anos e extinguiu 80% das espécies do planeta, incluindo diversos tipos de dinossauros. De acordo com especialistas, a extinção em massa foi provocada pela atividade geológica colossal, que aumentou a temperatura global e os níveis de dióxido de carbono na atmosfera.
A extinção do Cretáceo-Paleogeno ocorreu há 65 milhões de anos e extinguiu 78% das espécies do planeta, matando os dinossauros não aviários restantes. Segundo especialistas, a causa da extinção em massa foi a queda de um meteoro que formou a cratera de Chicxulub, localizada na Península de Yucatán, abaixo do Golfo do México.
Um artigo publicado na Biological Reviews alerta para a possibilidade de que a sexta extinção em massa já tenha começado. Analisando dados de crustáceos e outros invertebrados, cientistas afirmam que não é possível encarar a extinção em massa com ceticismo.
Os pesquisadores catalogaram a extinção de diversas espécies de moluscos, incluindo caracóis, lesmas e mexilhões. O foco nesses invertebrados entra em conflito com a informação recolhida pela lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
De acordo com os pesquisadores envolvidos na pesquisa, a UICN não tem dados da maioria dos invertebrados, que constituem cerca de 95% da biodiversidade terrestre. O estudo comprovou que, desde 1500, é estimado que 7,5% a 13% de vertebrados tenham sido extintos. Esse nível de extinção é considerado catastrófico, e é maior do que já foi visto no passado.
As ameaças à biodiversidade terrestre, de acordo com o artigo, foram impulsionadas pela ação humana sob essas espécies. Anteriormente, o planeta já passou por cinco extinções em massa. Porém, nenhuma tinha sido categorizada pelo ser humano. Embora os resultados da pesquisa indiquem que a extinção é pior em terra do que no mar, as espécies marinhas também estão sendo ameaçadas pela ação humana.
O time de pesquisadores não vê os resultados como reversíveis, ou que a extinção em massa possa ser evitada. Ela já começou e não há muito o que fazer, porém agir despreocupadamente frente ao colapso da biodiversidade ainda é errado. Uma das soluções analisadas é a de reunir e preservar a maior quantidade possível de espécies em centros de reprodução, antes que elas sejam perdidas para sempre.
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