Parasitismo é a relação ecológica em que uma espécie parasita se associa a outra, a espécie hospedeira, causando prejuízos a ela. Em geral, espécies parasitas e hospedeiras estão bem adaptadas umas às outras, de forma que a relação provoca prejuízos relativamente pequenos ao organismo parasitado.
Se um parasita matar seu hospedeiro, ele também morrerá; portanto, a tendência é que a relação parasitária se torne equilibrada ao longo das gerações, com o parasita adaptando-se ao hospedeiro e vice-versa, fenômeno chamado de coadaptação. Lombrigas que vivem no intestino humano podem servir de exemplo.
Relações ecológicas são as interações que ocorrem entre os seres vivos dentro dos ecossistemas. Elas podem ser entre indivíduos da mesma espécie (intraespecífica) ou entre espécies diferentes (interespecíficas). Além disso, as relações ecológicas podem ser benéficas ou prejudiciais para as partes envolvidas.
Ecossistema é um conceito holístico que agrega as comunidades biológicas e o ambiente físico onde ocorrem. A palavra foi empregada pela primeira vez pelo ecólogo inglês Sir Arthur G. Tansley em 1935. De modo geral, um ecossistema é constituído por um agrupamento de componentes abióticos e bióticos, presentes em um determinado local, que estão em interação por meio do fluxo de energia e da ciclagem de materiais.
Como é difícil estipular os limites de um ecossistema, é indispensável adotar distinções para a compreensão e possibilidade de investigação científica. Assim, tem-se uma separação entre os meios aquáticos e terrestres. Dentre os ecossistemas terrestres, estão florestas, desertos, campos, savanas, entre outros. Já como exemplo de ecossistemas aquáticos, pode-se citar rios, mares, oceanos e lagos.
Como dito anteriormente, as relações ecológicas são interações que ocorrem entre os seres vivos. Elas podem ocorrer entre indivíduos de uma mesma espécie, sendo classificadas como relações intraespecíficas, ou de espécies diferentes, como relações interespecíficas.
Além dessa classificação, as relações ecológicas podem ser harmônicas ou desarmônicas. Relações harmônicas são aquelas que beneficiam os indivíduos envolvidos ou que não causam prejuízos para nenhum deles. Já relações desarmônicas são aquelas que causam prejuízos para pelo menos um dos indivíduos envolvidos.
Sendo assim, as relações ecológicas podem ser interespecíficas harmônicas, interespecíficas desarmônicas, intraespecíficas harmônicas e intraespecíficas desarmônicas. Nesse caso, o parasitismo é uma relação interespecífica e desarmônica. Isso porque ocorre entre indivíduos diferentes e beneficia apenas um deles, causando prejuízo ao outro.
Organismos parasitas podem viver na superfície externa do hospedeiro, sendo chamados de ectoparasitas, ou no interior do corpo do hospedeiro, recebendo o nome de endoparasitas. Exemplos de ectoparasitas da espécie humana são piolhos e carrapatos. Já endoparasitas são lombrigas, solitárias, vírus e bactérias.
Existem plantas que parasitam outras. O cipó-chumbo, por exemplo, é uma planta de cor amarela sem folhas nem clorofila, que cresce sobre outras plantas, parasitando-as. O cipó-chumbo tem raízes especializadas, denominadas haustórios, que penetram na planta hospedeira até os vasos liberianos, de onde extraem seiva elaborada rica em substâncias orgânicas.
Uma planta parasita comumente encontrada sobre árvores de grande porte é a erva-de-passarinho Ao contrário do cipó-chumbo, a erva-de-passarinho tem folhas clorofiladas e faz fotossíntese. Suas raízes especializadas penetram nos vasos lenhosos da árvore hospedeira, de onde extraem seiva bruta, utilizada na produção de sua própria matéria orgânica. Por isso, botânicos costumam dizer que a erva-de-passarinho é uma planta “hemiparasita”, pois extrai das plantas hospedeiras apenas substâncias inorgânicas.
Parasitoides são seres que, para completar seu ciclo de vida, precisam causar a morte de seu hospedeiro. Alguns insetos parasitoides, por exemplo, colocam seus ovos dentro de outro inseto e, quando as larvas eclodem, alimentam-se do corpo do respectivo hospedeiro.
As relações ecológicas são necessárias e importantes para o equilíbrio das populações que interagem, tendo um efeito benéfico para a comunidade como um todo, independentemente se há prejuízo para alguma espécie ou população em particular.
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