Os danos do aquecimento global vão muito além do setor financeiro para os países pobres. Os impactos culturais e sociais que tem ocorrido nas últimas décadas estão alterando os costumes de Bangladesh, Butão, Burkina Faso, Etiópia, Gâmbia, Quênia, Micronésia, Moçambique e Nepal.
Estudos que analisaram diversos países registraram sérios impactos que são resultados das mudanças climáticas, como inundações, o crescimento do nível do mar e as secas. Esses impactos são responsáveis por provocar mudanças nesses países para que sua população se adapte e sobreviva a elas. Algumas consequências observadas são o abandono da pecuária, perda de parte de plantações e até mesmo migrações.
Na Micronésia, Alek Alokoa, 64, usou a renda de sua família para comprar sacos de cimento e construiu uma proteção para sua padaria para lidar com as inundações em vez de fazer outros investimentos. Após essa iniciativa e a de outros moradores que também construíram proteções contra o avanço da água do mar e as enchentes, o governo só construiu uma barreira no ano de 2004.
De acordo com os estudos, até mesmo o costume de enterrar os parentes perto de suas residências teve de ser abandonado devido ao crescente nível do mar.
Em Bangladesh, no ano 2009, o ciclone Aila varreu a costa e inundou as terras utilizadas para a agricultura com água salgada. Os fazendeiros sofreram com três anos de colheita reduzida, o que mostrou a dificuldade que essas situações trazem.
A maioria dos esforços para solucionar essas situações é baseada em tentativa e erro, sem contar que poucas vezes há investimentos privados ou públicos para auxiliar a população necessitada, de acordo com o estudos citados. Dessa forma, os desastres “naturais” acabam prejudicando financeiramente e os mais pobre e também acabam com hábitos culturais enraizados.
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