O Sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de 44,9% da Região Metropolitana de São Paulo e está entre os maiores produtores de água do mundo. Para se ter uma ideia, ele é composto por seis barragens interligadas por um complexo sistema de 48 quilômetros de túneis, canais e uma estação de bombeamento capaz de ultrapassar a barreira física da Serra da Cantareira. O sistema é formado pelos rios Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Juqueri (Paiva Castro).
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) detém a outorga para captação e tratamento da água para o fornecimento para a região metropolitana de São Paulo. São tratados 33 mil litros de água por segundo destinados a 8,1 milhões de pessoas das Zonas Norte, Central e partes das Zonas Leste e Oeste da capital, bem como os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, além de parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.
Segundo a Sabesp, a região Centro Sul do país enfrenta a maior crise hídrica da história, local de recarga do sistema Cantareira. O fenômeno ocorre pelo calor recorde e pelo mais baixo índice de chuvas já registrado nos últimos 84 anos. Em virtude disso, o volume do reservatório não parou de cair e chegou a um estado crítico nunca visto antes. O volume do reservatório caiu tanto que o sistema atual não consegue mais retirar a água do reservatório, pois o nível dela fica abaixo das comportas de captação. Devido a esse fato, ele é chamado de “volume morto”. Este volume de água fica próximo aos sedimentos do rio e é aí que entra o problema, pois os sedimentos podem contaminar a água.
Como o sistema atual não é capaz de captar a água do volume morto, deve-se implementar uma outra forma de captação. Uma bomba de sucção que fica na superfície do reservatório capta a água para o sistema de adução até a estação de tratamento de água.
Com a captação próxima ao leito do rio, que possui sedimentos contaminados por metais pesados (como chumbo, mercúrio, cádmio e outros), pode-se movimentar estas partículas e arrastá-las juntamente com água para o sistema de abastecimento.
Toda água de abastecimento passa por um processo de tratamento. As estações de tratamento de água (ETA), têm diferentes processos para purificação e descontaminação da água. Contudo, teme-se que esse processo não seja capaz de retirar os metais pesados.
Para o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), o possível risco de contaminação da água por sedimentos concentrados no fundo das represas é de responsabilidade da Sabesp e da Vigilância Sanitária, que devem avaliar e fiscalizar a potabilidade da água após o tratamento. Esse controle da qualidade da água é fundamental para que esses elementos químicos não causem riscos a saúde da população.
Esse cenário atual não é fruto somente da falta de chuvas, mas também da falta de investimentos em infraestrutura, tratamento de esgotos, manutenção da rede de abastecimento e impactos gerados pelo homem nas micro bacias. Para tentar diminuir o prejuízo, o jeito é economizar água. A Sabesp já anunciou que quem reduzir o consumo em 20% terá um desconto de 30% no valor total da conta de água.
Existem diversas formas simples de economizar água. Em princípio, parece que não faz tanta diferença, mas se todos nós colaborarmos, o consumo de água reduziria bastante.
Para economizar, a Sabesp recomenda a adoção de algumas atitudes simples. Veja abaixo:
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