A andiroba é uma árvore de grande porte, nativa da Amazônia e que pode chegar a ter 30 metros de altura. Porém, não é uma planta muito forte. Chuvas e ventos de alta intensidade podem derrubá-la, colocando em risco sua sobrevivência. A andiroba (Carapa guianensis) floresce uma vez por ano, entre os meses de agosto e outubro, e frutifica de janeiro a maio, o que pode variar de acordo com a região.
O óleo vegetal de andiroba é extraído da semente derivada do fruto da árvore – uma cápsula que se abre quando cai no chão, liberando de quatro a seis sementes. Por utilizar as sementes que caem das árvores, o método de extração é totalmente sustentável, pois não prejudica a planta.
Primeiramente, as sementes da andiroba mais adequadas são selecionadas e cozinhadas. Em seguida, são amassadas manualmente, formando uma massa que será utilizada para a extração do óleo, que pode ocorrer de três maneiras: sob sol, sombra ou prensagem.
No sol ou sombra, a massa é colocada em uma superfície inclinada por onde o óleo escorre. Já a prensagem ocorre em uma prensa de palha típica da região amazônica, conhecida como tipiti. Por último, o óleo já extraído passa por uma filtragem que remove resíduos desnecessários.
O óleo de andiroba obtido possui cor amarelada, é extremamente amargo e, quando submetido a temperaturas inferiores à 25°C, se solidifica, assemelhando-se à consistência da vaselina. Contém taninos e é rico em ácidos graxos que possuem propriedades terapêuticas, como ácido palmítico, ácido mirístico e ácidos oleico e linoleico, mais conhecidos como ômega 9 e ômega 6, respectivamente.
O óleo de andiroba possui propriedades anti-inflamatórias, anti-sépticas, cicatrizantes, inseticidas e outros diversos benefícios, razão essa pela qual o óleo de andiroba tem sido exportado para indústrias de cosméticos da França, Alemanha e Estados Unidos, além de ser comercializado em diversas regiões do Brasil.
O óleo de andiroba já é usado há muito tempo. Os índios começaram a utilizá-lo para mumificar a cabeça de seus inimigos. Desde então, suas propriedades foram sendo descobertas e sua utilização se expandiu.
Por ser um óleo extraído de uma árvore localizada na Amazônia, sua maior aplicação é no uso como um repelente natural contra insetos. E por possuir ação inseticida, é muito usado na produção de velas aromatizantes, a fim de espantar insetos e para fazer sabão, ajudando no tratamento de coceiras e picadas causadas por estes, devido sua propriedade cicatrizante.
Pode ser aplicado através de seu uso externo puro na pele na área afetada ou no corpo como repelente, evitando picadas de insetos. Também é ótimo para tratamento de piolho, podendo ser aplicado diretamente no couro cabeludo.
Mas essa propriedade inseticida não serve somente para o corpo. Podendo ser utilizado em móveis e madeiras, o óleo age preservando-as e protegendo-as de cupins, além de aumentar a durabilidade.
O óleo de andiroba é muito utilizado também na massoterapia como óleo de massagem. Apresenta ação cicatrizante e anti-inflamatória, que é potencializada quando o óleo é usado na massagem, relaxando os músculos.
Além disso, por suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, o óleo de andiroba pode auxiliar no tratamento das dores musculares.
Devido a essa propriedade anti-inflamatória, ele também tem efeito sobre contusões, inchaços, reumatismo e tratamento de doenças de pele (feridas, vermelhidão e hematomas). Auxilia na regeneração do tecido inflamado e amacia a pele – basta esfregá-lo sobre o local machucado.
Na indústria de cosméticos, ele é muito utilizado devido sua propriedade emoliente, que proporciona hidratação e nutrição à pele e aos cabelos. Pode ser misturado em xampus e cremes, auxiliando no combate à queda de cabelo e calvície.
Como hidratante, ele proporciona brilho, maciez e controla o frizz, sendo mais recomendado para os cacheados crespos e volumosos. Além disso, ele também ajuda a recuperar pontas quebradiças e espigadas, deixando-as com um aspecto brilhante e saudável. Para quem tem cabelo oleoso, o ideal é utilizá-lo somente nas pontas do cabelo para não ficar seboso.
Confira outros óleos vegetais que podem ser usados no cabelo aqui:
Na pele do rosto e do corpo, ajuda a combater celulite e a fazer com que manchas e cicatrizes desapareçam, além de proporcionar maciez. Vale lembrar que alguns óleos vegetais podem conter substâncias químicas nocivas à saúde, como é o caso dos parabenos. Portanto, opte por usá-los sempre na forma 100% pura. Você pode comprar óleos essenciais e vegetais na Loja eCycle.
O consumo oral do óleo de andiroba não é recomendado. Um estudo realizado pelas Universidades Federais de Pernambuco e do Pará, publicaram que o consumo de óleo de andiroba por via oral pode afetar negativamente o funcionamento do fígado.
Vale ressaltar também que o descarte indevido de óleos provoca sérios impactos ambientais, principalmente na questão da contaminação da água. Dessa forma, o descarte de óleos vegetais em ralos e pias é inadequado, pois pode causar diversos riscos ambientais e também entupimento dos encanamentos. Portanto, em caso de descarte, procure pelo local correto para esses produtos, coloque os resíduos de óleo de andiroba em um recipiente plástico e leve a um ponto de descarte para que o óleo possa ser reciclado.
Encontre postos de coleta mais próximos de sua casa para descartar corretamente o óleo de andiroba.
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