O óleo de coco babaçu é extraído do coco babaçu, um dos representantes mais importantes das palmeiras brasileiras. É muito comum no estado do Maranhão e em grande parte da floresta amazônica (Pará, Amazonas, Rondônia, Acre e Bolívia). A fruta cresce em uma árvore grande – de até 20 metros de altura – e muito resistente. Ela pode suportar queimadas e ataques de predadores.
O babaçu rebrota vigorosamente em enorme quantidade depois que a mata é queimada e desmatada para fins agrícolas. Tal característica leva muitos a encararem o babaçu como uma “praga”. Isso porque ele se instala facilmente e é difícil de exterminar, o que desencoraja o crescimento de outras culturas.
Cada palmeira de coco babaçu pode apresentar até seis cachos, e são neles que ocorre a frutificação. Os frutos surgem de agosto a janeiro e apresentam uma forma oval alongada, de coloração castanha. Dentro de cada fruto podem ser encontradas de três a cinco amêndoas.
Essas são o produto extraído do fruto do babaçu, o coco, que possui maior valor mercantil. É praticamente o único sustento da região do Maranhão, na qual a extração das amêndoas envolve o trabalho de muitas famílias.
As amêndoas são extraídas manualmente por mulheres que são chamadas de “quebradeiras”, em um sistema caseiro simples. É a partir das amêndoas que o óleo de coco babaçu é obtido. Já as cascas do fruto também são aproveitadas na fabricação de cestas, peneiras, janelas e na cobertura das casas na região. Industrialmente as cascas são utilizadas para fazer biocombustível e carvão.
Dois tipos de óleo de coco babaçu podem ser obtidos: para fins comestíveis e industriais, com elevado teor de ácido láurico. A extração pode ser feita por prensagem ou por solventes. A primeira mais utilizada quando o óleo for para fins terapêuticos; e a segunda para obter maior rendimento.
No entanto, pode conter resíduos de solventes não sendo indicado para usos relacionados à aromaterapia. Esse óleo vegetal possui em sua composição grande quantidade dos ácidos:
O óleo de coco babaçu é semelhante ao óleo de palma – ambos são considerados óleos láuricos por conta do elevado teor desse ácido. Por isso, trata-se de um óleo muito estável a altas temperaturas. Podendo ser usado no cozimento e fritura de alimentos (muito comum na fabricação de margarina). Ele possui um leve gosto amendoado.
Apresenta propriedades analgésica, antivirais e ajuda o sistema imunológico. Um estudo concluiu que o óleo de coco pode trazer como benefício a diminuição do nível da carga viral em indivíduos soropositivos. No entanto, o óleo de babaçu contém gorduras saturadas. Portanto, não deve ser ingerido em excesso, pois poderá causar problemas na saúde.
Em alguns casos, ele também serve como substituição às gorduras de origem animal na produção alimentícia.
Acredita-se que o óleo de babaçu possui diversos benefícios à saúde. Porém, a maioria dos estudos sobre o óleo foram feitos em animais.
Em geral, mais pesquisas devem ser feitas para que seus benefícios sejam comprovados em seres humanos.
Na América do Sul, onde o óleo ocorre em abundância, ele é utilizado para diversos fins medicinais. Como no tratamento de problemas de pele, feridas, inflamação e problemas estomacais
Esse uso é justificado devido ao alto teor de antioxidantes presentes no óleo de babaçu. Os antioxidantes ajudam a reduzir os danos celulares causados por radicais livres nocivos
Além disso, o óleo possui propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, que ajudam na cicatrização. Segundo um estudo, por exemplo, ele pode ser usado para combater certas bactérias nocivas como Staphylococcus aureus, que causa infecções por estafilococos.
Os principais ácidos graxos do óleo de babaçu são o ácido láurico e o mirístico, ambos saturados. Ainda assim, o óleo contém ácido oleico, uma gordura monoinsaturada que também é encontrada no azeite.
Esses ácidos graxos são anti-inflamatórios, potencialmente estimuladores do sistema imunológico e hidratantes, o que os torna ótimos para a pele e o cabelo.
De todos os óleos vegetais de uso industrial, o óleo de coco babaçu é o que tem o mais alto índice de saponificação. Quanto mais alto esse índice, mais apropriado o óleo para fabricação de sabão. E apresenta, também, baixo valor de iodo e refração, qualificando-o para o preparo de pomadas cremosas. Dessa forma, o óleo de coco babaçu tem ampla aplicação na cosmética.
Assim como o óleo de coco normal, o óleo de babaçu derrete à temperatura corporal, permitindo que a pele o absorva muito bem. No entanto, ao contrário do óleo de coco, é leve e não oleoso, o que o torna ideal para uso na pele.
No cabelo, o óleo de babaçu promove a hidratação dos fios, além de adicionar um volume nos cabelos secos. Quer mais dicas de óleos vegetais para passar no cabelo? Confira nosso vídeo:
Pode ser aplicado diretamente na pele, puro ou misturado com outros óleos vegetais. A presença do ácido láurico em grande quantidade torna o óleo um excelente anti-inflamatório. Assim, auxiliando no tratamento de acne e sendo muito mais potente que produtos não naturais.
Além de ser uma alternativa natural livre de qualquer química que possa ser nociva à saúde e à pele humana, ele não causa descamação. Portanto, o óleo de coco babaçu é uma ótima opção natural.
Mas lembre-se de verificar se o óleo é 100% natural antes de utilizá-lo.
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