O óleo de krill é um suplemento alimentar que ganhou popularidade por ser uma alternativa ao óleo de peixe. Ele é extraído a partir do krill, crustáceos da ordem Euphausiacea similares ao camarão, e de grande importância à cadeia alimentar de oceano antártico.
Assim como o óleo de peixe, o óleo de krill é uma fonte de ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido eicosapentaenoico (EPA), tipos de ácidos graxos de ômega 3 encontrados apenas em fontes marinhas. Acredita-se que esses ácidos graxos encontrados no óleo de krill têm uma maior biodisponibilidade e possuem uma maior taxa de absorção pelo organismo do que o óleo de peixe.
Uma hipótese para esse fenômeno é de que o DHA e o EPA desse óleo são encontrados como moléculas chamadas fosfolipídios, enquanto no óleo de peixe, são armazenados na forma de triglicerídeos. Porém, novas pesquisas devem ser feitas para que esses fatos sejam comprovados.
Em geral, o óleo de krill é usado, principalmente, como um suplemento alimentar capaz de oferecer ômega 3. No entanto, com diversas pesquisas sobre seus benefícios à saúde, mais pessoas investiram nesse suplemento.
Ele é utilizado para o tratamento da síndrome do olho seco, para altos níveis de triglicerídeos no sangue, colesterol alto, diabetes, depressão e muitas outras condições.
Confira alguns dos benefícios do óleo de krill para a saúde:
Como já mencionado, o EPA e DHA encontrados no óleo de krill são fosfolipídios, que são mais facilmente absorvidos pelo organismo. De fato, alguns estudos comprovaram que esse o seu consumo é mais eficaz no aumento dos níveis de ômega 3 do que o óleo de peixe. (Veja aqui: 1, 2)
De acordo com um estudo de controle randomizado, o consumo de uma a três gramas de óleo de krill por dia ajudou a reduzir os níveis de colesterol LDL (colesterol ruim) dos participantes. Além disso, também contribuiu para a diminuição de triglicerídeos e níveis de açúcar no sangue dos participantes enquanto aumentava seus níveis de colesterol bom (HDL).
O ômega 3 em geral possui propriedades anti-inflamatórias. Um estudo, por exemplo, comprovou que o óleo de krill, especificamente, reduziu a produção de moléculas causadoras de inflamação quando bactérias nocivas foram introduzidas nas células intestinais humanas.
Adicionalmente, uma pesquisa realizada em 90 participantes que pessoas que sofrem de inflamação crônica descobriu que tomar 300 mg de óleo de krill diariamente era suficiente para reduzir um marcador de inflamação em até 30% após um mês.
O suplemento também contém um potente antioxidante chamado astaxantina, um pigmento que possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
Como o suplemento possui ação anti-inflamatória, ele também pode ser um aliado no tratamento das dores associadas à artrite e às dores nas articulações. Uma pesquisa comprovou esse benefício do óleo, demonstrando que o seu consumo reduziu a rigidez, comprometimento funcional e dor em pacientes com artrite reumatoide ou osteoartrite.
Segundo um estudo realizado pela Universidade de Glasgow, idosos podem se beneficiar da suplementação com o óleo de krill. Os participantes do estudo que foram suplementados demonstraram músculos do joelho mais fortes, bem como força de preensão mais forte, em comparação com o grupo de controle.
Baseando-se na descoberta, os pesquisadores concluíram que a suplementação com o óleo de krill por 6 meses pode levar a melhorias na função e tamanho muscular em idosos saudáveis.
Em geral, o consumo de ômega 3 pode diminuir a inflamação e a dor. Diversos estudos já comprovaram que o óleo de peixe, por exemplo, pode ajudar a diminuir a dor menstrual e os sintomas da síndrome pré-menstrual (TPM).
Porém, acredita-se que esses benefícios também sejam estendidos ao óleo de krill. De acordo com um estudo comparando a ação desse suplemento com o óleo de peixe, ambos os compostos resultaram em melhorias significativas nos sintomas da TPM. Contudo, mulheres que foram instruídas a tomar o óleo de krill também tomaram significativamente menos analgésicos do que as mulheres que tomaram óleo de peixe.
Qualquer tipo de suplemento deve ser consumido a partir de indicação médica. Portanto, antes de comprar o óleo de krill, consulte um especialista.
Entretanto, a maioria das contraindicações sobre o consumo desse suplemento são para pessoas com alergia a peixes e crustáceos e pessoas em anticoagulantes. Além disso, como não há muitas pesquisas sobre o efeito do óleo durante a gravidez, seu consumo também não é recomendado para gestantes, lactantes ou crianças.
Muitas empresas acreditam que o óleo de krill é mais sustentável que o óleo de peixe, no entanto, de acordo com o Greenpeace, a questão não é tão clara. A verdade é que o aumento da demanda do krill para a alimentação humana contribuiu para o declínio da espécie no oceano.
Muitos especialistas partilham da preocupação de que o desenvolvimento contínuo da pesca do krill antártico por humanos reduzirá a quantidade de crustáceos disponíveis para a vida selvagem e prejudicará ainda mais o ecossistema local.
De fato, alguns ecologistas atribuem declínios populacionais de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae) e pinguins-de-barbicha (P. antarcticus) à baixa abundância de krill, tanto resultante da pesca como das mudanças climáticas.
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