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Óleo de prímula pode ser usado para cuidar da pele, pressão arterial, sintomas da menopausa, saúde do coração e TPM

O óleo de prímula é extraído das sementes de plantas pertencentes ao gênero botânico Primula L., que constitui mais de 400 espécies da família Primulacea. Os diversos tipos de prímula são nativos da América do Norte. A planta tem sido tradicionalmente utilizada para tratar problemas de pele, sintomas da menopausa e da TPM (tensão pré-menstrual), pressão arterial elevada, dor nos ossos, entre outros usos. Isso porque ela é rica em ácidos graxos benéficos à saúde. Entenda e saiba como utilizar o óleo de prímula.

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Para que serve óleo de prímula?

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Imagem: Primula hortensis, por André Karwath aka Aka, licenciada sob CC-BY-SA-2.5

Graças à presença do ácido gama-linolênico (GLA), um ácido graxo ômega-6 encontrado também em outros óleos vegetais, o óleo de prímula proporciona diversos benefícios à saúde. Confira alguns deles.

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Ajuda a melhorar queilite xerótica (inflamação nos lábios)

De acordo com um estudo, o óleo de prímula pode ajudar a aliviar a queilite, uma condição que provoca inflamação e dor nos lábios pelo uso do medicamento isotretinoína (Accutane). Para obter melhoras no quadro de inflamação dos lábios, os participantes do estudo receberam seis cápsulas de 450 miligramas (mg) de óleo de prímula três vezes ao dia durante oito semanas.

Trata eczema (inflamação na pele)

Além dos Estados Unidos, alguns países aprovaram o uso de óleo de prímula para tratar eczema, uma condição inflamatória da pele.

De acordo com um estudo, o GLA presente no óleo de prímula tem propriedades anti-inflamatórias e pode melhorar a inflamação da pele. Em contrapartida, uma outra análise concluiu que a ingestão de óleo de prímula não melhora o eczema e não é um tratamento eficaz (essa revisão não analisou a eficácia do uso tópico (direto na pele) do óleo de prímula para o tratamento de eczema).

No último estudo, os participantes receberam de uma a quatro cápsulas de óleo de prímula duas vezes ao dia durante 12 semanas.

Para usá-lo topicamente como remediador de inflamação na pele você pode aplicar 1 ml de mistura de óleo carreador (óleo de coco, óleo de semente de uva, entre outros) na proporção de 80% de óleo carreador e 20% de óleo de prímula na pele duas vezes ao dia por até quatro meses.

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Melhora elasticidade, hidratação e firmeza da pele

De acordo com um estudo publicado pelo International Journal of Cosmetic Science, a suplementação oral de óleo de prímula ajuda a melhorar a elasticidade, hidratação e firmeza da pele. De acordo com o estudo, o GLA do óleo de prímula é o componente que permite que a pele se reestruture e mantenha suas funções. E como a pele não consegue produzir o GLA por conta própria, os pesquisadores do estudo acreditam que ingerir o óleo de prímula (rico em GLA) ajuda a manter a pele saudável, de maneira geral.

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O óleo de prímula também é rico em ácidos graxos, compostos importantes para a prevenção de câncer, doenças cardiovasculares e imunológicas. Além disso, são fundamentais para o desenvolvimento do cérebro e da retina. Para obter os benefícios do óleo de prímula é indicado ingerir 500 mg de cápsulas de óleo de prímula três vezes ao dia por até 12 semanas.

Melhora sintomas da TPM

Outro estudo sugere que o óleo de prímula é eficaz no tratamento dos sintomas da síndrome pré-menstrual (TPM), como depressão, irritabilidade e inchaço. Os pesquisadores do estudo acreditam que mulheres sensíveis aos níveis normais de prolactina no corpo sentem mais dor, e que o GLA presente no óleo de prímula se converte em uma substância do corpo (prostaglandina E1) que ajuda a prevenir a prolactina de desencadear a TPM.

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Para usar o óleo de prímula no combate aos sintomas da TPM é indicado tomar de seis a 12 cápsulas (500 mg a 6.000 mg) uma a quatro vezes ao dia por até dez meses. Comece com a menor dose possível e aumente conforme necessário para aliviar os sintomas.

Alivia dor nas mamas

De acordo com um estudo publicado pela revista Alternative Medicine Review, o GLA presente no óleo de prímula reduz a inflamação e ajuda a inibir as prostaglandinas que causam dores na mamas. O estudo constatou que tomar doses diárias de óleo de prímula e vitamina E durante seis meses diminuiu a gravidade das dores nas mamas.

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Para reduzir as dores na mamas é indicado tomar de uma a três gramas ou 2,4 ml de óleo de prímula diariamente durante seis meses. Você também pode tomar junto com o óleo de prímula 1.200 mg de vitamina E por seis meses.

Alivia ondas de calor da menopausa

O óleo de prímula também pode reduzir a intensidade das ondas de calor da menopausa, um dos sintomas mais indesejados dessa fase da vida.

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De acordo com uma revisão publicada pela Journal of the American Pharmacists Association, não há evidências suficientes de que remédios sem prescrição médica, como o óleo de prímula, ajudem a aliviar as ondas de calor da menopausa.

Entretanto, um estudo posterior chegou à conclusão de que as mulheres que tomaram 500 mg por dia de óleo de prímula durante seis semanas apresentaram ondas de calor menos frequentes e menos intensas. As mulheres do estudo também apresentaram melhora na vida sexual e nas relações sociais.

Para obter esse tipo de benefício do óleo de prímula é indicado consumir 500 mg de óleo de prímula duas vezes ao dia durante seis semanas.

Ajuda a baixar a pressão arterial

De acordo com um estudo, o óleo de prímula pode reduzir a pressão arterial sistólica em 4%. Os pesquisadores do estudo consideram essa redução clinicamente significativa.

Entretanto, uma revisão concluiu que não há evidências suficientes para determinar se o óleo de prímula ajuda a reduzir o risco de pressão alta durante a gravidez ou pré-eclâmpsia (uma condição grave que tem como um dos sintomas a pressão alta durante e após a gravidez).

Para ajudar a reduzir a pressão arterial é indicado ingerir uma dose de 500 mg de óleo de prímula duas vezes ao dia sob a supervisão de uma médica ou médico. Não é indicado ingerir o óleo de prímula junto com outros suplementos ou medicamentos que diminuam a pressão arterial.

Contribui para a saúde do coração

Um estudo concluiu que o óleo de prímula é anti-inflamatório e ajuda a reduzir o colesterol ruim no sangue, quadros associados à doenças do coração. Sob a supervisão de uma médica ou de um médico, ingira de dez a 30 ml de óleo de prímula durante quatro meses. Tome cuidado caso queira ingerir o óleo de prímula com outros outros medicamentos que afetam o coração.

Melhora dores nos ossos

As dores ósseas normalmente são causadas por artrite reumatoide, um distúrbio inflamatório crônico. De acordo com uma revisão publicada pela The Cochrane Library, o GLA presente no óleo de prímula tem potencial de reduzir a dor da artrite reumatoide sem causar efeitos colaterais indesejados.

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Para obter esse tipo de benefício é indicado tomar de 560 a 6.000 mg de óleo de prímula diariamente durante três a 12 meses.

Efeitos colaterais e riscos do óleo de prímula

O óleo de prímula é considerado seguro para a maioria das pessoas que o utilizam a curto prazo. A longo prazo, entretanto, o óleo de prímula ainda não teve segurança comprovada.

Os efeitos colaterais observados do óleo de prímula normalmente são leves e podem incluir:

  • dor de estômago
  • dor de cabeça
  • diarreia

Tomar o mínimo possível de óleo de prímula pode ajudar a evitar efeitos colaterais. Em casos raros, o óleo de prímula pode causar reação alérgica. Alguns sintomas da reação alérgica são:

  • inflamação das mãos e pés
  • erupção cutânea
  • dificuldade ao respirar
  • chiado no peito

Se você estiver fazendo uso de anticoagulantes, evite o óleo de prímula, pois ele pode aumentar o sangramento.

O óleo de prímula tem sido usado para ajudar a preparar o colo do útero para o parto. Mas de acordo com a Mayo Clinic, um estudo relatou que tomar óleo de prímula retardou a dilatação por via oral e aumentou o tempo de trabalho de parto. Não há pesquisas suficientes sobre a segurança do uso óleo de prímula durante a gravidez ou amamentação.

Há evidências de que o óleo de prímula pode trazer benefícios para a saúde. Entretanto, leve em consideração o tratamento médico convencional.

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