O perigo do óleo vegetal bromado

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O óleo vegetal pode ser muito utilizado na indústria alimentícia e química. Principalmente quando são adicionados átomos de bromo em sua estrutura, como o óleo vegetal bromado (BVO, na sigla em inglês – brominatedvegetal oil). 

Com essa adição, o novo composto, também chamado de óleo bromado, fica muito mais denso. Ele chega a ser tão denso quanto a água. Isso porque os átomos de bromo são muito mais pesados que os átomos de carbono ou hidrogênio.

Quais os usos do óleo vegetal bromado?

Usado na indústria química como retardante de chamas, o BVO também é muito empregado na indústria alimentícia, como aditivo alimentar. Alimentos cozidos, farinhas para padaria, conservantes e corantes contém elevado nível de bromato. Porém, são os refrigerantes e isotônicos, que se destacam por conter o óleo vegetal bromado. E em grande quantidade, esse fator pode vir a ser prejudicial à saúde. 

O óleo bromado atua como aditivo estabilizante, a fim de evitar que outros ingredientes se separem durante o processo de fabricação. Assim, garantindo a estabilidade, a cor e o sabor da bebida.

Aditivos alimentares: devemos evitá-los?

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso de óleo vegetal bromado em bebidas não alcoólicas é permitido. Apenas quando for respeitado o limite máximo exigido de 0,0015 g/100 ml. A FDA, órgão de vigilância sanitária dos EUA, retirou esse ingrediente da lista de ingredientes seguros. Entretanto, algumas indústrias ainda utilizam o composto com baixa restrição.

No entanto, devido aos inúmeros riscos do brometo (estado de oxidação do bromo), a tendência é que as indústrias de bebidas comecem a substituir o BVO. A ideia é trocá-lo por ingredientes similares, mas menos prejudiciais. O acetato isobutirato de sacarose (SAIB) é derivado do açúcar de cana e já vem sendo usado pelas indústrias devido à característica estabilizante. Além da resina éster de glicerol para a conservação da bebida – ingrediente que é encontrado em gomas de mascar.

Foto de Craig Adderley no Pexels

Efeitos do bromo no corpo humano

O excesso de bromo no organismo pode gerar uma série de problemas à saúde. A substância pode competir, dentro do organismo humano, com os receptores que são usados para captar iodo. Desse modo, o excesso de bromo atrapalha na absorção de iodo pelo organismo. 

Se o corpo humano não conseguir fixar iodo suficiente, a produção do hormônio da tireoide é afetada. A falta de iodo pode causar problemas severos, como o hipotireoidismo.

O bromo também atua pode atuar como depressor do sistema nervoso central. As consequências variam de distúrbios de memória até enfraquecimento e tremores. Outro fator importante estão relacionados à sintomas psiquiátricos, que podem levar a paranoia aguda e sintomas neurológicos.

Essa intoxicação, produzida pelo excesso de bromo no organismo, é chamada de bromismo. Os sintomas começam a ocorrer quando o consumo de bromo ultrapassa 50 mg/100 ml. São eles:

Sintomas

  • fadiga;
  • náuseas;
  • fraqueza muscular;
  • excesso de sede;
  • visão embaçada;
  • rachaduras na pele;
  • problemas na tireóide;
  • aumento nos níveis de colesterol e triglicerídeos;
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Como tratar os efeitos colaterais?

Para reverter esses sintomas, é recomendado ingerir vitamina C, iodo e sal não refinado. E claro, a consulta ao médico é imprescindível em caso de apresentação de alguns dos sintomas.

Devido aos riscos que esse ingrediente pode causar na saúde humana, é aconselhável evitar consumir elevadas doses de produtos que contenham brometo.  Os refrigerantes, principalmente os citrus e isotônicos, são alguns exemplos, que têm BVO. No entanto, também existem altas concentrações de açúcares que podem causar obesidade

Verifique os rótulos dos refrigerantes e produtos alimentares que contêm conservantes e corantes antes de consumi-los. Essa é uma maneira fácil para determinar a existência de bromo e evitá-lo. Opte por alimentos orgânicos sempre que possível.

Equipe eCycle

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