O óleo vegetal pode ser muito utilizado na indústria alimentícia e química. Principalmente quando são adicionados átomos de bromo em sua estrutura, como o óleo vegetal bromado (BVO, na sigla em inglês – brominatedvegetal oil).
Com essa adição, o novo composto, também chamado de óleo bromado, fica muito mais denso. Ele chega a ser tão denso quanto a água. Isso porque os átomos de bromo são muito mais pesados que os átomos de carbono ou hidrogênio.
Usado na indústria química como retardante de chamas, o BVO também é muito empregado na indústria alimentícia, como aditivo alimentar. Alimentos cozidos, farinhas para padaria, conservantes e corantes contém elevado nível de bromato. Porém, são os refrigerantes e isotônicos, que se destacam por conter o óleo vegetal bromado. E em grande quantidade, esse fator pode vir a ser prejudicial à saúde.
O óleo bromado atua como aditivo estabilizante, a fim de evitar que outros ingredientes se separem durante o processo de fabricação. Assim, garantindo a estabilidade, a cor e o sabor da bebida.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso de óleo vegetal bromado em bebidas não alcoólicas é permitido. Apenas quando for respeitado o limite máximo exigido de 0,0015 g/100 ml. A FDA, órgão de vigilância sanitária dos EUA, retirou esse ingrediente da lista de ingredientes seguros. Entretanto, algumas indústrias ainda utilizam o composto com baixa restrição.
No entanto, devido aos inúmeros riscos do brometo (estado de oxidação do bromo), a tendência é que as indústrias de bebidas comecem a substituir o BVO. A ideia é trocá-lo por ingredientes similares, mas menos prejudiciais. O acetato isobutirato de sacarose (SAIB) é derivado do açúcar de cana e já vem sendo usado pelas indústrias devido à característica estabilizante. Além da resina éster de glicerol para a conservação da bebida – ingrediente que é encontrado em gomas de mascar.
O excesso de bromo no organismo pode gerar uma série de problemas à saúde. A substância pode competir, dentro do organismo humano, com os receptores que são usados para captar iodo. Desse modo, o excesso de bromo atrapalha na absorção de iodo pelo organismo.
Se o corpo humano não conseguir fixar iodo suficiente, a produção do hormônio da tireoide é afetada. A falta de iodo pode causar problemas severos, como o hipotireoidismo.
O bromo também atua pode atuar como depressor do sistema nervoso central. As consequências variam de distúrbios de memória até enfraquecimento e tremores. Outro fator importante estão relacionados à sintomas psiquiátricos, que podem levar a paranoia aguda e sintomas neurológicos.
Essa intoxicação, produzida pelo excesso de bromo no organismo, é chamada de bromismo. Os sintomas começam a ocorrer quando o consumo de bromo ultrapassa 50 mg/100 ml. São eles:
Para reverter esses sintomas, é recomendado ingerir vitamina C, iodo e sal não refinado. E claro, a consulta ao médico é imprescindível em caso de apresentação de alguns dos sintomas.
Devido aos riscos que esse ingrediente pode causar na saúde humana, é aconselhável evitar consumir elevadas doses de produtos que contenham brometo. Os refrigerantes, principalmente os citrus e isotônicos, são alguns exemplos, que têm BVO. No entanto, também existem altas concentrações de açúcares que podem causar obesidade.
Verifique os rótulos dos refrigerantes e produtos alimentares que contêm conservantes e corantes antes de consumi-los. Essa é uma maneira fácil para determinar a existência de bromo e evitá-lo. Opte por alimentos orgânicos sempre que possível.
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