Os óleos vegetais são gorduras extraídas de diversas partes das plantas. Raízes, polpa, flores, caules, folhas e sementes são matérias-primas para a extração dos óleos vegetais. Entretanto, o processo se dá quase que exclusivamente a partir das sementes.
Basicamente, o óleo vegetal é extraído de qualquer vegetal. Mas algumas plantas são mais utilizadas.
Cada óleo vegetal possui propriedades específicas que são direcionadas para diversas finalidades, como alimentação, cosméticos, combustível, fins terapêuticos, entre outros.
Os processos de extração de óleos vegetais variam de acordo com a matéria-prima processada. Mas existem dois métodos principais: a prensagem e a extração por solvente, que podem ser aplicados em separado ou em conjunto.
Na prensagem, o material é submetido a um esmagamento sob pressão, facilitando o escoamento do óleo por meio das células dos vegetais.
Na extração por solvente, o vegetal é triturado e dissolvido antes da adição do produto. Normalmente é utilizado hexano, que por ser um composto orgânico apolar, irá penetrar no interior das sementes, dissolvendo facilmente o óleo sem atingir outros componentes.
Para sementes com alto teor de óleo, como os caroços de algodão ou as sementes de açafrão, costuma-se utilizar uma prensagem prévia seguida de extração por solvente, visando a obtenção de rendimentos mais elevados. Saiba mais sobre os processo de extração na matéria:
Um dos problemas da extração por solvente é que o hexano é um destilado de petróleo, uma fonte não renovável. Além disso, possui alto custo e pode causar muitos prejuízos às pessoas e ao ambiente. O hexano, por se acumular nos organismos animais, polui águas e a atmosfera, causa irritações na pele, olhos e mucosas gastrointestinais, causa parada cardiorrespiratória, pode provocar problemas genéticos e câncer, prejudicar a fertilidade ou feto e até mesmo ser letal se ingerido ou inalado.
Com todos esses argumentos, certamente o método com solvente não constitui o mais sustentável para a extração dos óleos vegetais.
Já a prensagem apresenta melhor desempenho nos casos em que as matérias-primas apresentam elevado teor de óleos, uma vez que, neste processo, o rendimento de extração de óleo é menor do que na extração por solvente. Assim, quanto menos óleos tiver a matéria-prima, menor será o rendimento de extração por prensagem. Isso pode parecer uma desvantagem, mas, por outro lado, os óleos obtidos permitem utilização direta sem refino. Deve-se ressaltar que a qualidade do produto obtido por esse método é muito superior ao outro, além do fato de ser mais sustentável, já que a extração com solvente apresenta muitos aspectos negativos já citados anteriormente.
O material submetido ao esmagamento pela prensa pode passar pelo processo de aquecimento ou não, essa etapa é determinada pelo tipo de vegetal. O aquecimento facilita o escoamento dos óleos por meio das células dos vegetais, porém pode acarretar na perda de algumas propriedades importantes, devido à sensibilidade ao calor que alguns compostos possuem. Portanto, a prensagem a frio é o método mais adequado de obtenção desses óleos, por ser a forma mais natural e sem prejuízos à qualidade do produto obtido. Nesse mecanismo, algumas matérias-primas, como a oliva ou a palma, dão ótimos resultados, pois a extração é feita pelos frutos do vegetal.
Existem várias aplicações para os óleos vegetais. Eles podem ser utilizados como óleo de cozinha (são mais saudáveis que os de origem animal), combustível, cosméticos e fitoterápicos. São também muito utilizados na aromaterapia, fazendo papel de carreadores dos óleos essenciais. Para saber mais sobre esse tema confira a matéria:
Normalmente, as indústrias cosméticas adicionam alguns tipos de químicas nos produtos para melhorar sua qualidade e durabilidade. Porém, essas químicas podem ser nocivas à saúde. Entre as principais estão os parabenos, que são usados como conservantes por sua ação antimicrobiana.
Muito encontrados nos óleos corporais e loções hidratantes, os parabenos podem interferir no sistema endócrino, além de causar alergias cutâneas e envelhecimento precoce da pele. Para saber mais sobre os parabenos dê uma olhada na matéria:
Dessa forma, opte pelos óleos 100% naturais ou com a maior pureza possível e verifique nos rótulos a presença dessas químicas que podem ser prejudiciais à saúde.
Os óleos vegetais possuem muitos benefícios. Para isso é preciso conhecer cada tipo e suas propriedades. Na alimentação eles podem fornecer vitaminas e ácidos graxos essenciais para a manutenção da saúde do organismo. Alguns possuem propriedades bactericidas, antissépticas e anti-inflamatórias. Por meio de aplicações cosméticas e fitoterápicas, eles podem hidratar a pele e o cabelo, fornecer vitaminas, tratar alergias, tratar feridas, tratar estrias e até fazer bem para os dentes, como no caso do óleo de coco. Para saber mais sobre o óleo de coco confira a matéria:
Para conhecer quais são os tipos óleos vegetais mais utilizados, suas aplicações e todos os benefícios, clique nos links abaixo:
Para adquirir seus óleos vegetais estude e conheça as propriedades que você busca. E, na hora de adquiri-los, prefira os óleos extravirgens orgânicos prensados a frio, que são mais saudáveis e conservam suas propriedades originais. Evite os óleos extraídos por solventes, pois a utilização do hexano pode ser socioambientalmente nociva. Prefira os 100% naturais e puros – e sempre verifique os rótulos, para garantir que não há presença de outras substâncias prejudiciais como os parabenos.
Você pode encontrar óleos 100% naturais e puros na Loja eCycle.
Descartar óleos vegetais de maneira indevida pode provocar sérios impactos ambientais. Na água, pode haver contaminação (cada litro de óleo contamina 20 mil litros de água); no solo, causa impermeabilização que impede a infiltração de água; no mar e em rios pode prejudicar a vida marinha e lacustre, respectivamente.
Dessa forma, o descarte de óleos vegetais (incluindo o de cozinha) em ralos e pias é inadequado, pois além de ser nocivo para o meio ambiente pode causar entupimento nos encanamentos. Portanto, se não for reciclar – fazendo sabão, por exemplo (veja como na matéria: “Como fazer sabão caseiro sustentável“) – procure pelo local correto de descarte desses produtos, coloque os resíduos de óleo em um recipiente e leve a um ponto de descarte para que o óleo possa ser reciclado. Confira quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência na ferramente de busca do Portal eCycle.
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