Óleo de semente de palma ou óleo de coco de palmiste são os nomes dados para se referir ao óleo de palmiste. É extraído a partir da amêndoa encontrada dentro da palma, um fruto dado por uma palmeira originária da costa Ocidental da África, popularmente conhecida como dendezeiro. A partir dela, podem ser encontrados dois tipos de óleos: o óleo de palma, que é extraído da polpa, e o óleo de palmiste, obtido a partir da amêndoa. No entanto, a diferença entre eles está nas composições de ácidos graxos presentes. No óleo de palma predominam o palmítico e o oleico; no palmiste, o láurico e o mirístico.
O processo de extração do óleo de palmiste ocorre por prensagem sem adição de solventes químicos. Os frutos são aquecidos a vapor para encolher parcialmente as amêndoas, facilitando a separação de sua casca. As nozes são polidas para retirada de possíveis resíduos de fibras e são encaminhadas para um moinho onde as amêndoas são separadas das cascas. As cascas são usadas como matéria-prima para carvão ativado, enquanto as amêndoas são quebradas e laminadas. Na etapa de laminação, uma pasta é produzida e é esta pasta que será prensada para a extração do óleo de palmiste.
O óleo obtido é encontrado no estado semi-sólido em temperatura ambiente – é preciso aquecê-lo em banho-maria para tornar-se líquido. É composto em geral por ácido láurico (entre 42% – 52%) e ácido mirístico (16%).
O ácido láurico, que é um dos compostos do leite materno, atua como anti-inflamatório e possui propriedades antibacterianas e anti-fúngicas.
Seu consumo ajuda a combater inflamações, como artrite e reumatismo; age contra fungos, vírus e bactérias – causando, por exemplo, a inibição do vírus da herpes e de bactérias causadoras de gastrite – devido à presença de ácido láurico. O óleo não deixa gosto na comida e não apresenta cheiro se comparado com os de babaçu ou de coco de praia, podendo ser usado como substituto da margarina em receitas de bolos e pães. No entanto, o óleo de palmiste contém gorduras saturadas e não deve ser ingerido em excesso, pois poderá causar problemas de saúde.
O óleo de palmiste possui diversos usos cosméticos. É ótimo condutor para massagem, proporciona nutrição à pele e ajuda na desinflamação. Ajuda no combate ao envelhecimento e, por ser emoliente e umectante, confere à pele maciez e lubrificação, além de preservar a elasticidade natural. A propriedade anti-inflamatória no ácido láurico auxilia no tratamento de acnes, sendo uma alternativa natural e livre de alguns compostos químicos que podem ser nocivos à saúde e à pele humana, como os parabenos, que estão presentes em muitos dos produtos cosméticos. Pode ser usado em qualquer tipo de pele, até mesmo naquelas com tendência oleosa, já que o óleo de palmiste apresenta rápida absorção, não obstruindo os poros, possibilitando assim que a pele respire.
Ajuda também na nutrição de cabelos danificados e no tratamento contra caspa. Por ser pastoso em temperatura ambiente, a aplicação do óleo no cabelo é facilitada, podendo ser usado tanto puro quanto misturado com cremes de hidratação para potencializar os efeitos.
Outro uso interessante do óleo de palmiste é que pode ser aplicado em feridas de animais de estimação, principalmente em cachorros e gatos, ajudando no processo de desinflamação (na dúvida, sempre consulte um veterinário). Também serve para restaurar móveis, proporcionando brilho e um aspecto de novo, além de lubrificar dobradiças enferrujadas. Para isso, basta umedecer um pano com o óleo e passar sobre os móveis.
As diversas aplicações dos dois tipos de óleos possíveis de se extrair da palma são, consequentemente, consideradas as maiores responsáveis por desmatamentos dos tempos atuais, principalmente na Indonésia e Malásia, em que florestas foram sacrificadas para converter em plantações de óleo de palma e palmiste. É uma atividade altamente lucrativa para os cultivadores por haver muita demanda para exportação.
Essa situação deu origem à Mesa Redonda para Óleo de Palma Sustentável, a RSPO, uma organização que desenvolveu um conjunto de critérios ambientais e sociais a serem cumpridos pelas empresas, visando minimizar os impactos negativos de cultivo de óleo sobre o meio ambiente e as comunidades envolvidas.
O cumprimento desses critérios tornam as empresas aptas a receber o Certificado de Óleo de Palma Sustentável (CSPO) e, somente após a certificação os produtores podem proclamar que produzem óleo de palma sustentável.
Em maio de 2010, o Governo Federal lançou o Programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma, que busca tornar a produção dos óleos provenientes da palma sustentável e contribuir com a preservação da floresta amazônica. Este programa torna proibido o desmatamento de vegetação natural para o plantio da palma, permitindo apenas o plantio e a expansão em áreas já desmatadas.
Portanto, antes de utilizar ou consumir produtos que contém óleo de palma ou palmiste, certifique-se que o mesmo está registrado pela RSPO, e que se trata de um óleo sustentável, que não prejudicou o meio ambiente. Você pode comprar o óleo de palma e palmiste sustentável na Loja eCycle.
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