O óleo vegetal está sempre presente em listas de dicas para uma vida mais saudável e sustentável. Mas muita gente ainda não conhece exatamente seus usos e benefícios. Continue a leitura para saber mais sobre eles.
Óleos vegetais são gorduras extraídas das plantas. Apesar de outras partes, como raízes, galhos e folhas, poderem ser utilizadas na obtenção do óleo, a extração se dá quase que exclusivamente a partir das sementes.
Os óleos são formados por triglicerídeos (a união de três ácidos graxos a uma molécula de glicerol). Por sua natureza química quimicamente apolar, são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos.
Diversas fontes podem servir de matéria-prima para a extração dos óleos vegetais. Nos artigos abaixo você pode conferir alguns dos óleos vegetais mais comuns, assim como seus benefícios e propriedades.
Em escala industrial, destacam-se dois métodos para obtenção dos óleos vegetais:
A extração por solvente é indicada para aquela que apresenta baixa umidade e baixo teor de óleo, proporcionando um ótimo rendimento (até 99,92%), o que a torna também economicamente mais viável.
Como solvente, normalmente é utilizado o hexano, um destilado de petróleo que, por ser um composto orgânico apolar, tem maior afinidade química com a seção apolar do óleo.
Assim, os óleos vegetais migram da planta para o hexano, devido à característica de solubilidade. Porém, além do alto custo, esse tipo de solvente pode causar muitos prejuízos às pessoas e ao ambiente. Mesmo com altíssimo rendimento (99,92%), cerca de um litro de hexano é liberado no ambiente a cada tonelada de produto processado.
Além do mais, o percentual de rendimento atingido dependerá das condições de operação, estado físico dos equipamentos e nível de controle.
O bom senso nos faz crer que empresas de menor porte obtenham rendimentos bem mais modestos, ou seja, mais poluentes lançados incorretamente.
Além de todos esses problemas ocasionados nessa etapa inicial da extração, existem várias outras etapas, tais como:
Com todos esses argumentos, certamente o método com solvente não constitui o mais sustentável para a extração dos óleos vegetais.
Já a prensagem apresenta melhor desempenho nos casos em que as matérias-primas apresentam elevado teor de óleos.
Nesse processo, o rendimento de extração de óleo é menor do que na extração por solvente. Assim, quanto menos óleo tiver a matéria-prima, menor será o rendimento de extração por prensagem. Isso pode parecer uma desvantagem, mas, por outro lado, os óleos obtidos permitem utilização direta sem refino.
Deve-se ressaltar que a qualidade do produto obtido por esse método é muito superior ao outro, além do fato de ser mais sustentável.
O material é submetido a um esmagamento sob pressão por uma prensa e pode ser seguida de aquecimento ou não. Essa etapa é determinada de acordo com o tipo de vegetal.
O aquecimento facilita o escoamento dos óleos por meio das células dos vegetais. Contudo, pode acarretar a perda de algumas propriedades importantes, devido à sensibilidade ao calor que alguns compostos possuem.
Portanto, a prensagem a frio é o método adequado de obtenção de óleos. Isso por ser a forma mais natural e sem prejuízos à qualidade. Nesse mecanismo, algumas matérias-primas, como a oliva ou a palma, dão ótimos resultados, pois a extração é feita pelos frutos do vegetal.
Em geral, os óleos vegetais possuem inúmeros usos. Eles podem ser utilizados para fazer massagem, hidratar o corpo, os cabelos, o rosto, entre outras finalidades.
Quando utilizados em sua forma 100% pura, principalmente se obtidos por prensagem a frio, apresentam imensa vantagem. Principalmente em relação aos princípios ativos sintéticos mais comuns comercializados pela indústria.
Os óleos podem proporcionar inúmeros benefícios, como:
De maneira sucinta, os óleos minerais são líquidos compostos por uma mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo. Eles podem conter impurezas muito prejudiciais à saúde, entre eles alguns aromáticos policíclicos que causam câncer e tumores.
Muitos utilizados em cosméticos, também conhecidos como parafina líquida ou vaselina líquida, não hidratam e nutrem a pele e cabelos realmente. Contudo, formam uma camada que impede a perda de água, o que às vezes pode obstruir os poros, impedindo que a pele respire.
Os óleos essenciais também são obtidos por meio das plantas, principalmente das folhas e flores. Porém, existe uma diferença marcante entre os óleos essenciais e os óleos vegetais. O essencial é mais líquido, pois se trata de um concentrado de substâncias aromáticas voláteis obtidas a partir da destilação a vapor.
A principal característica dos óleos essenciais é o aroma marcante que possui, sendo muito utilizado para fins terapêuticos.
Os óleos essenciais evaporam facilmente, o que proporciona a aromatização do ambiente. Diferentemente dos óleos vegetais, que não possuem uma fragrância tão marcante assim e não evapora nas condições ambientais. Portanto, se você deseja aquele ambiente perfumado, aposte nos óleos essenciais!
Os essenciais têm misturas complexas e várias dezenas ou até mesmo algumas centenas de substâncias com composição química variada.
Durante o processo de destilação, há variação química na composição dos voláteis. Sendo que, quanto menor for essa variação, o aroma do óleo será mais fiel em relação à planta que o originou.
Portanto, a composição química de um óleo essencial não é, necessariamente, a mesma do material armazenado nas plantas.
Apenas alguns óleos essenciais podem ser ingeridos (em pequeníssimas quantidades). Devido à sua alta concentração, é necessário diluí-lo em algum óleo vegetal ou em álcool de cereais antes de aplicar. Afinal pode causar irritação, diferentemente dos óleos vegetais, que são rapidamente absorvidos.
Quando utilizados em massagens, os óleos essenciais diluídos fazem muito sucesso, pois o aroma liberado causa sensações de conforto, relaxamento e bem-estar. Alguns óleos essenciais são utilizados até como tratamento alternativo.
Normalmente, as indústrias cosméticas adicionam alguns componentes químicos agressivos nos produtos cosméticos, para aumentar o rendimento e o tempo de vida.
Porém, esses componentes são extremamente nocivos à saúde, tais como os parabenos, que são usados como conservantes e por sua ação antimicrobiana.
Eles são muito encontrados nos óleos corporais e loções hidratantes. Nesse caso podendo interferir no sistema endócrino, além de causar alergias e envelhecimento precoce da pele. Assim você não está cuidando do seu corpo, e, sim, prejudicando-o.
O descarte indevido de óleos provoca sérios impactos ambientais. Embora sejam biodegradáveis, as condições de degradação desses produtos são extremamente importantes, pois refletem no tempo necessário para que essa decomposição ocorra.
Se a carga desses produtos lançada no corpo receptor for acima de sua capacidade, certamente haverá maior dificuldade nessa degradação. Por exemplo, na água, podem ser contaminantes (cada litro de óleo contamina 20 mil litros de água). Já no solo, causam impermeabilização que impedem a infiltração de água, provocando enchentes, morte da flora e fauna, entre outros problemas.
Por isso, o descarte de óleos vegetais em ralos e pias é inadequado. O ato pode causar diversos riscos ambientais e também o entupimento nas tubulações. Informe-se e busque sempre descartar seus rejeitos de forma adequada.
Veja no Portal eCycle quais são os postos de coleta mais próximos de sua casa. A forma como nos relacionamos com nossos resíduos e o destino que damos a eles se refletem no meio ambiente!
Para usufruir de todas as propriedades desejadas nesses produtos, é preciso seguir algumas dicas:
Se os rótulos não forem claros, questione! Atualmente há diversas formas de nos comunicarmos com os fabricantes e cobrá-los.
Consequentemente, a busca por produtos mais saudáveis e sustentáveis em grande escala exerce uma pressão sobre as grandes indústrias, de forma que elas precisam reavaliar e mudar o jeito de fazer as coisas. E, finalmente, buscando métodos mais seguros para o ambiente e para as pessoas.
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