O olfato é um dos cinco sentidos humanos. Ele é um processo fisiológico crítico da via aérea nasal em que odores são percebidos, para então serem processados pelo cérebro.
De grande importância, o olfato possui um papel vital na busca de alimentos, identificação de substâncias potencialmente tóxicas ou perigosas e na apreciação de sabores relacionados ao gosto — tendo também, uma função no paladar. De fato, até 80% do gosto que sentimos em nossas bocas é, na verdade, percebido pelo nariz e através do olfato.
Por muito tempo, acreditava-se que o cérebro era capaz de identificar cerca de 10 mil odores diferentes. No entanto, uma pesquisa evidenciou que o número pode ser maior — seres humanos podem identificar até um trilhão de cheiros distintos.
Além disso, o ser humano não captura apenas uma fragrância individual por vez — o cheiro do café, por exemplo, é composto de aproximadamente 800 substâncias aromáticas diferentes.
Mas, como isso acontece? E como o olfato funciona?
O olfato começa no nariz, onde milhões de neurônios sensoriais ficam em uma faixa de tecido chamada epitélio olfatório. Ao respirarmos, diversas moléculas transportadas pelo ar entram pelo nariz e se ligam às células receptoras que revestem as membranas mucosas no fundo do nariz. Assim, elas são passadas como diversos impulsos nervosos para o cérebro.
Na boca, um processo similar acontece — quando mastigamos, fragrâncias passam para os receptores correspondentes por meio de uma conexão direta entre a faringe e a cavidade nasal interna.
Quando esses sinais alcançam o cérebro, eles são recebidos e classificados no bulbo olfativo, uma estrutura na parte inferior da frente do cérebro. De lá, são transferidos para o córtex olfativo no cérebro superior para processamentos adicionais.
O bulbo olfativo também se conecta diretamente ao sistema límbico, a área do cérebro que regula a emoção. Isso, por sua vez, influencia os desejos — quando você sente o cheiro de algo, e sente a vontade instantânea de saboreá-la.
Como já mencionado, o olfato possui papéis fundamentais em diversas áreas da vida humana, como na alimentação e identificação de substâncias perigosas ou estragadas. Entretanto, com algumas exceções, os seres humanos não dependem mais do olfato na busca de alimentos ou como outras técnicas de sobrevivência.
Especialistas sugerem que esse é o maior motivo pelo qual o olfato humano não é tão aguçado quanto de outros animais.
Algumas condições e doenças podem afetar diretamente o olfato, sendo responsável pela sua perda temporária ou permanente, ou até pela sua intensidade.
Alguns distúrbios do olfato são:
Muitas condições respiratórias, como a Covid-19, podem impactar o olfato e resultar nesses distúrbios.
Especialistas acreditam que é possível exercitar o olfato para melhorar a percepção de odores. Muitas vezes, pessoas que contraem algum tipo de distúrbio do olfato passam por processos de reeducação olfativa, onde são expostos a diferentes cheiros algumas vezes por dia durante vários meses.
Contudo, mesmo sem a incidência desses distúrbios, ainda assim é possível treinar o olfato — diversos especialistas em fragrâncias ou até mesmo sommeliers de vinho fazem esse treinamento para aguçar seus sentidos.
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