Os oligômeros são moléculas que migram do plástico para os alimentos de forma não intencional. Encontrados em embalagens de plástico para alimentos e bebidas, eles são formados devido a uma liberação de energia (calor, radiação ou luz) que rompe ligações químicas e solta esses componentes, também conhecida como despolimerização.
Um dos exemplos mais comuns usados para embalagens é o Polietileno Tereftalato, mais conhecido como PET, um polímero. Estudos mostram que o PET, submetido a altas temperaturas, pode liberar concentrações de componentes acima do limite estabelecido nas regulamentações.
Além disso, também foi observado que alimentos mais gordurosos são mais susceptíveis à migração de oligômeros do plástico. Entretanto, por se tratarem de Substâncias Adicionadas Não Intencionalmente (Nias), é muito difícil identificá-las, já que são subprodutos inesperados. Desse modo, não se sabe a concentração exata dos oligômeros.
Materiais poliméricos, como o PET, podem conter aditivos, oligômeros e corantes, que passam pelo processo de reciclagem junto com o material original, gerando outros subprodutos e possivelmente outras Nias. Além disso, o mau uso da embalagem por parte do consumidor antes da realização da reciclagem pode ocasionar a formação de contaminantes. Assim, se esse material for reciclado várias vezes, a identificação e controle de oligômeros e outros compostos fica quase impossível, já que rastrear sua origem é inviável.
Como os oligômeros podem ser liberados em várias fases do processo produtivo, eles também podem ser encontrados como contaminantes no ar e na água próximo a incineradores, aterros sanitários, usinas elétricas, siderúrgicas e outras plantas industriais, prejudicando humanos, fauna e flora local.
Por outro lado, a falta de conhecimento sobre a maioria dessas substâncias químicas formadas pode expor o consumidor a componentes tóxicos, acarretando em doenças.
Embora alguns países da Europa tenham regulamentações para lidar com compostos químicos prejudiciais, elas não têm muito efeito nos oligômeros, já que não são suficientemente identificados e conhecidos. Portanto, as organizações internacionais não possuem um direcionamento exato de como tratar desse assunto.
Assim, segundo o Food Packaging Forum, a maioria das abordagens foca na avaliação de risco das substâncias por meio de um teste in vitro de toda a migração e na comunicação interna em todo o processo produtivo para facilitar a identificação.
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