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Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o último mês de julho está entre os mais quentes já registrados pelas organização. A temperatura ficou cerca de 0,4°C acima do período de referência utilizado pela organização, de 1991 a 2020

Por Nações Unidas Brasil | Este ano, julho teve médias inferiores apenas em comparação a 2019 e ligeiramente superiores a 2016.

Segundo a agência de meteorologia da ONU, a tendência de clima excepcionalmente quente e seco continuará em agosto. O sul da França pode ter temperaturas até 5°C acima do normal para esta época do ano.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que o último mês de julho está entre os três mais quentes já registrados pela organização. Ondas de calor prolongadas e intensas afetaram diversos países do hemisfério norte.

A temperatura ficou cerca de 0,4°C acima do período de referência utilizado pela organização, de 1991 a 2020. De acordo com a OMM, em comparação a 2019, as médias foram um pouco mais baixas e ligeiramente mais quentes que em 2016. A agência explica que as margens são tão pequenas que não é possível uma classificação clara.

Mesmo com o La Niña, que tem uma influência de resfriamento da temperatura, os termômetros ultrapassaram 40°C em partes de Portugal, Espanha, França e Reino Unido. O Reino Unido nunca havia vivenciado temperaturas tão altas.

Na Península Ibérica, o calor atingiu  máximas superiores a 35°C.

O calor gerou ainda um início de verão europeu mais seco do que a média para grande parte da Europa, quebrando recordes de baixa precipitação em alguns países, atingindo economias locais, agricultura e aumentando o risco de incêndios florestais. 

Segundo a agência de meteorologia da ONU, a tendência de clima excepcionalmente quente e seco continuará em agosto. O sul da França, por exemplo, pode ter temperaturas até 5°C acima do normal para esta época do ano.

Nos Estados Unidos, o mês passado foi o terceiro julho mais quente já registrado. Várias ondas de calor, com temperaturas diurnas acima de 37,8°C, ocorreram em grande parte do país, aumentando a demanda de energia e a incidência de doenças relacionadas ao calor, de acordo com as autoridades americanas.

Em uma entrevista a jornalistas, em 18 de julho, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, disse que “esse tipo de onda de calor é o novo normal”. Na avaliação dele, as ondas quentes na Europa se tornarão mais frequentes, mais intensas e durarão mais. Em 2050, cerca de metade dos europeus poderá estar exposta a risco alto ou muito alto de estresse térmico durante o verão.

Sul – Segundo a OMM, no hemisfério sul, as temperaturas mais acima da média foram registradas no centro da América do Sul e no sul da África. 

O norte do Pacífico e o oceano adjacente à Península Antártica tiveram temperaturas acima da média. 

Já ao longo do Oceano Índico ocidental, do Chifre da África ao sul da Índia, em grande parte da Ásia central, bem como na maior área da Austrália foram registradas temperaturas abaixo da média.

As informações são do Copernicus Climate Change Service, que foi implementado pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo, e publica boletins climáticos mensais informando sobre as mudanças observadas na temperatura global do ar à superfície, cobertura de gelo marinho e variáveis hidrológicas. 


Este texto foi originalmente publicado por Nações Unidas Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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