Imagem: ONU
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, no dia 16 de fevereiro, uma estratégia global para orientar as respostas dos Estados-membros para a disseminação do vírus zika e aos casos de malformações congênitas e de síndromes neurológicas associadas ao vírus. Em pronunciamento no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc), a diretora executiva da agência, Natela Menabde, informou que 34 países já registraram infecções pelo zika. Desse conjunto, sete relataram aumentos nas ocorrências de microcefalia.
A estratégia internacional, chamada “Quadro de Resposta Estratégico e Plano de Operações Conjuntas”, pretende mobilizar e coordenar parceiros, especialistas e recursos a fim de aprimorar o monitoramento do vírus e dos distúrbios que poderiam estar a ele vinculados.
A iniciativa vai buscar melhorias no controle dos vetores do zika, além de fortalecer a comunicação eficaz dos riscos e medidas de proteção contra a doença. O plano da OMS também almeja oferecer cuidado médico aos afetados e acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas, tratamentos e métodos de diagnóstico.
Para financiar o programa, serão necessários 56 milhões de dólares, dos quais 25 serão disponibilizados para a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço regional da OMS no continente. Menabde destacou que a maioria das nações onde foram verificados casos de zika é da América Latina e Caribe. O restante da verba será distribuído para parceiros estratégicos. O montante para as operações iniciais virá de um fundo de emergência recém-estabelecido pela agência da ONU.
A diretora executiva da OMS também informou que, no Brasil, mais de 4,7 mil casos suspeitos de microcefalia já foram registrados. Apenas um quarto dessas ocorrências foi estudado. Antes do surto, a média anual de bebês que apresentavam a malformação era de 163 ao ano.
O presidente do Ecosoc, Oh Joon, ressaltou que o aumento da incidência de microcefalia e outras síndromes neurológicas é “extremamente preocupante”. No início de fevereiro, a OMS declarou o recente aumento desses transtornos “uma emergência de saúde pública internacional”. Segundo Joon, o atual cenário levanta dúvidas quanto à capacidade dos sistemas e instituições de saúde de lidar com as necessidades dos homens e mulheres infectados, das crianças com a malformação cerebral e de suas famílias.
Desde maio de 2015, quando os primeiros relatos de zika apareceram no nordeste do Brasil, a OPAS tem trabalhado junto aos países afetados pelo vírus. Os possíveis vínculos da microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré com o zika estão sendo investigados por autoridades, governos e especialistas vinculados à organização.
Acesse o plano da OMS clicando aqui (em inglês).
Fonte: ONUBr
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