Por Nações Unidas Brasil | A ação prevista para durar dois anos visa aumentar a conscientização global sobre igualdade, justiça racial e tolerância e inspirar as pessoas a tomarem ações concretas para combater racismo, discriminação, xenofobia e outras violências correlatas.
“A agenda antirracismo pertence a todos nós”, disse a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, no discurso de lançamento da campanha. “Alcançar a dignidade humana e a igualdade é nosso dever coletivo”, completou.
“Racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerâncias relacionadas de todas as formas e manifestações constituem um ataque brutal à dignidade humana”, disse a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, em um discurso para marcar o Dia Internacional Nelson Mandela. “Eles devem ser erradicados por meio de maior vontade política e mudanças sistêmicas.”
Comemorado no dia 18 de julho, o Dia Internacional Nelson Mandela celebra o trabalho do líder sul-africano em áreas como igualdade, justiça racial e tolerância. Usando este trabalho como exemplo, a ONU Direitos Humanos também lançou uma campanha de duração de dois anos chamada “Aprenda, Fale, Aja!”, para aumentar a conscientização global sobre essas questões e inspirar as pessoas a tomarem ações concretas para combater racismo, discriminação, xenofobia e intolerância correlata.
O Conselho de Direitos Humanos solicitou o desenvolvimento de uma campanha que mobilizasse o apoio público global para a igualdade racial, inclusive na Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (ICERD) e na Declaração e Programa de Ação de Durban (DDPA).
Embora os desafios impostos pelo racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada não sejam novos, Bachelet insta “os governos a agir com determinação para acabar com as profundas injustiças e a discriminação racial enfrentadas por muitos”.
Todos, especialmente os jovens, têm o direito de aprender sobre os direitos humanos, incluindo a história do racismo, escravidão, colonialismo e seus legados de desigualdades estruturais e discriminação que ainda afligem as sociedades atuais. A campanha “Aprenda, Fale, Aja!” enfatiza que todos também devem ser ensinados sobre ferramentas de direitos humanos que podem ser usadas para lutar contra a opressão, o racismo e a discriminação.
O racismo sistêmico precisa de uma resposta sistêmica. A Declaração e Programa de Ação de Durban, adotado por consenso em Durban, África do Sul, em setembro de 2001, fornece uma estrutura abrangente para abordar e erradicar todas as formas e manifestações de racismo, especialmente as formas sistêmicas de racismo.
A “Agenda do Alto Comissariado para a Mudança Transformadora em Justiça Racial e Igualdade para Africanos e Afrodescendentes” também fornece um roteiro vital para ajudar a desmantelar a injustiça racial e alcançar a igualdade racial.
O racismo é uma preocupação global que se apresenta em muitas formas e manifestações e afeta a todos em todos os sentidos, incluindo a sociedade como um todo. Todos nós podemos ser agentes de mudança se agirmos juntos para alcançar a justiça e a igualdade racial, pedindo a ratificação e implementação do ICERD e a implementação dos compromissos estabelecidos no DDPA e no programa de atividades da Década Internacional dos Afrodescendentes .
Todos devem ser capazes de se envolver de forma segura e significativa em discussões públicas e ter suas vozes ouvidas. Falar contra a discriminação e as intolerâncias pode levar a ações reais. Ambos são fundamentais na luta contra o racismo, a discriminação, a xenofobia e as intolerâncias relacionadas.
“A agenda antirracismo pertence a todos nós”, disse Bachelet. “Alcançar a dignidade humana e a igualdade é nosso dever coletivo.”
Este texto foi originalmente publicado por Nações Unidas Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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