Por ONU Brasil – A segunda edição da #SemanaMaresLimpos, iniciativa da ONU Meio Ambiente com o Instituto Ecosurf, terá início neste sábado (15), com uma grande ação de limpeza de praia em Itapoá, Santa Catarina. A edição 2018 pretende superar a ação de 2017, que teve 136 grupos inscritos em 18 estados brasileiros e coletou cerca de 24 toneladas de resíduos.
Relatório da ONU revela que os dez itens mais recolhidos nessas praias foram: bitucas de cigarro, tampas de garrafa, canudos, garrafas plásticas, sacolas plásticas de supermercado, embalagens plásticas em geral, copos e pratos plásticos, garrafas de vidro, pedaços de isopor e talheres plásticos.
Os números da mobilização do ano passado podem ser encontrados no Relatório #SemanaMaresLimpos 2017, disponibilizado na quinta-feira (13).
Sob o guarda-chuva de sua mais ambiciosa campanha, a #MaresLimpos, a ONU Meio Ambiente está reunindo os esforços realizados no Brasil para levantar o panorama do lixo em nossas praias. Nessa segunda edição da #SemanaMaresLimpos, que acontece de 15 a 23 de setembro e conta novamente com a co-coordenação do Instituto Ecosurf, as organizações esperam superar o número de grupos inscritos e coletas registradas.
Em 2017, 136 grupos em 16 estados litorâneos e dois estados interioranos cadastraram-se com ações de limpeza, reunindo quase 10 mil voluntários em suas atividades. Apenas metade dos grupos enviaram informações sobre os resíduos coletados, mas, ainda assim, foram 24 toneladas de lixo retiradas das praias do Brasil.
Segundo o Relatório #SemanaMaresLimpos 2017, 57 grupos registraram os resíduos que coletaram em 53 praias litorâneas e outras oito localidades que margeiam rios, lagos e lagoas. Os dez itens mais recolhidos nessas praias foram: bitucas de cigarro, tampas de garrafa, canudos, garrafas plásticas, sacolas plásticas de supermercado, embalagens plásticas em geral, copos e pratos plásticos, garrafas de vidro, pedaços de isopor e talheres plásticos. Também foram recolhidos aparelhos eletrodomésticos portáteis, como um forno micro-ondas, um sofá e quase mil pinos eppendorf, tipicamente usados para transporte de drogas.
Em 2018, a #SemanaMaresLimpos espera ter mais dados. “Registrar os itens encontrados nas praias é uma forma de ciência cidadã, que oferece um retrato do problema e aponta onde devemos atuar”, diz João Malavolta, diretor-executivo da Ecosurf.
“Quanto mais grupos registrarem os resíduos encontrados, mais informações sobre a contribuição do Brasil para o problema da poluição marinha nós teremos”, completa.
Os dados são reunidos em um relatório e entregues ao Ministério do Meio Ambiente, como subsídios para o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar, que será lançado no ano que vem. “Entendemos que essa mobilização nacional é importante para dar visibilidade ao problema no território brasileiro e endereçar a situação de maneira realista no Plano Nacional”, aponta a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú.
Uma novidade da #SemanaMaresLimpos deste ano é o convite aos grupos inscritos para enviarem as tampinhas de garrafas PET coletadas para um projeto de reciclagem que vem sendo desenvolvido em uma parceria da ONU Meio Ambiente, Furf Design e Boomera. As tampinhas serão recicladas pela Boomera, empresa do Sistema B com soluções para reciclagem, e usadas na produção de uma instalação (ainda guardada em segredo) criada pelo escritório multipremiado internacionalmente Furf Design Studio. A instalação deverá ser aberta ao público em dezembro.
Itapoá é a 12ª cidade brasileira a assinar um compromisso com a campanha #MaresLimpos. Ricardo Ribeiro Haponiuk, secretário de Meio Ambiente do município, diz que a cidade está implementando diversas medidas para melhorar seu sistema de gestão de resíduos, como forma de reduzir aquilo que chega ao mar – algumas das ações são a estruturação da cadeia de reciclagem local e a distribuição de cem lixeiras na orla das praias. Para o secretário, a adesão à campanha reforça essa intenção e inclui a cidade entre os protagonistas na luta contra a poluição plástica nos mares.
Fernanda Daltro, coordenadora da campanha Mares Limpos, informa que as cidades que aderem à iniciativa devem desenvolver um plano de ação e apresentar os resultados anualmente. “A adesão é uma forma de divulgar as boas práticas que as cidades já estão realizando ou pretendem realizar para informar sua população sobre o problema do lixo plástico e agregar apoio para implementar medidas mais efetivas, como a cobrança por sacolas plásticas e o banimento de canudos”, explica.
A campanha Mares Limpos está cadastrando ações de limpeza de praias programadas para o período entre os dias 15 e 23 de setembro, que ficará conhecido como a #SemanaMaresLimpos de Limpeza de Praias.
Os grupos inscritos receberão um kit da campanha com cartilha de orientações sobre como realizar o clean up, fichas de catalogação do lixo encontrado e material da campanha para impressão (logo, cartazes). Os participantes serão convidados a participar de um projeto de reciclagem de tampinhas. As informações sobre o lixo coletado em cada ação serão contabilizadas e farão parte do panorama nacional sobre o lixo no mar, subsidiando a elaboração do Plano Nacional. A metodologia de coleta de dados foi elaborada pelo Instituto Ecosurf.
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