Cientistas britânicos constataram, após estudo com duração de 43 anos em que foram analisados dados de orcas que viveram no Noroeste do Pacífico, que as fêmeas mais velhas da espécie entram na menopausa para evitar competição com as próprias filhas. São raríssimos os animais que entram em menopausa, entre eles estão seres humanos, orcas e baleias-piloto-de-aleta-curta.
As orcas, também conhecidas como baleias assassinas, começam a se reproduzir aos 15 anos de vida e chegam à menopausa aos 30 ou 40 anos, podendo ter uma vida ativa até os 90 anos. Segundo os cientistas, quando mãe e filha dão a luz a filhotes num mesmo período, a taxa de mortalidade dos filhotes da orca mais velha é bem maior do que o da orca mais nova. E isso acontece devido à competição por recursos. Para alimentar a prole, a mãe precisa coletar cera de 42% mais alimento.
Não há motivo para a baleia mais velha gastar energia em seus próprios filhotes se a maioria deles acabar morrendo por falta de comida; ela faria melhor (em termos de legado genético) se não gerasse seus próprios filhotes, mais ajudasse sua filhas e seu netos compartilhando comida, seus conhecimentos sobre caçada e sobre cuidar dos filhotes.
As orcas são animais matriarcais, vivem com as mães e os filhos até o fim da vida, mas não vivem com os pais. Não é difícil encontrar uma família de baleias com cinco gerações, elas normalmente só se separam por algumas horas para procurar comida ou acasalar. Após a menopausa, as orcas mais velhas guiam as mais novas para encontrar comida, servindo como líder.
Ou seja, o modo de vida das orcas levaria a uma competição que sempre acabaria com a prole da mãe mais velha prejudicada. Cientistas acreditam que, ao longo de milhares de anos, as orcas desenvolveram o mecanismo da menopausa – com ele há maior chance de preservação da espécie.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais