Agora não tem mais desculpa para não comê-las! Recentemente o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou as variedades geneticamente modificadas das maçãs “Golden Delicious” e “Granny Smith”. As maçãs foram criadas com um gene extra que impede que ocorra o processo de oxidação que faz com que as maçãs murchem e escureçam.
O objetivo da criação destas maçãs foi reduzir o desperdício, já que anualmente são perdidas cerca de 190 mil toneladas de maçãs, das quais cerca de 178.800 se encontram inteiras e intocadas.
Geralmente tratamos com desconfiança produtos geneticamente modificados, mas esta maçã possui um diferencial: diferentemente dos organismos transgênicos, que são feitos pela combinação de genes de diferentes espécies para a criação de uma característica desejada, essas maçãs (denominadas Arctic Granny e Arctic Golden) foram criadas por cientistas que usaram sequências de genes de outras maçãs apenas para evitar o escurecimento enzimático.
“Tudo o que temos feito é reduzir a expressão de uma única enzima; não existem novas proteínas nas frutas Arctic e sua nutrição e composição é equivalente a suas contrapartes convencionais”, disse Neal Carter, presidente e fundador da Okanagan Specialty Fruits (OSF), criadora dessas maçãs híbridas.
No entanto, ainda há algumas preocupações com a possibilidade de abelhas contaminarem pomares orgânicos após coletarem pólen das maçãs híbridas, além dos produtores de maçãs dos Estados Unidos, que têm receio com uma possível ameaça à sua subsistência devido à nova especialidade de maçãs.
Esses problemas implicam em trabalho para o Conselho Horticultural Noroeste, que se preocupa com o impacto do marketing sobre o consumidor e a possível imposição de custos adicionais.
Ainda levará tempo até que os consumidores possam encontrar as maçãs Arctic nos mercados. Alguns anos são necessários até que as árvores recém-plantadas cresçam e gerem maçãs em quantidades significativas para a comercialização.
É esperado que haja uma introdução lenta (mas constante) no mercado. Carter visa primeiramente a disponibilização das maçãs ao consumidor até o final de 2016 em pequenas quantidades, suficientes para os testes iniciais. Ele acredita também que, assim como qualquer nova variedade de maçã, vai demorar muitos anos até que ela seja amplamente distribuída.
Outro ponto de vista a respeito é que esta é uma modificação apenas estética, já que as maçãs não foram alteradas de forma a aumentar seu valor nutricional. Já é possível atrasar o efeito amarronzado das maçãs de forma natural ao aplicar nelas suco de limão ou outra fonte de vitamina C.
Mesmo assim, os criadores das maçãs Arctic acreditam que a maioria dos consumidores tem interesse em comprar variedades que não escureçam. Você acredita que essas maçãs são realmente seguras?
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