A osteoporose é uma doença progressiva caracterizada pela perda de densidade óssea, na maioria das vezes decorrente do envelhecimento. Na condição, os ossos do indivíduo tornam-se frágeis e suscetíveis a fraturas, especialmente em locais como a bacia, vértebras e algumas articulações periféricas, como os punhos.
É estimado que cerca de 200 milhões de pessoas sofram de osteoporose no mundo. A condição afeta ambos homens e mulheres, no entanto, mulheres possuem quatro vezes mais chances de desenvolvê-la — principalmente após a menopausa.
Em geral, a osteoporose se desenvolve sem sintomas ou dores e só é diagnosticada após fraturas.
Pelo enfraquecimento dos ossos, as fraturas decorrentes da doença ocorrem facilmente, em incidentes pequenos, como quedas. Em casos mais severos, até um espirro pode resultar na quebra dos ossos.
Na fase inicial da perda óssea, não existem muitos sintomas. Contudo, após a progressão da osteoporose, a condição pode ser reconhecida por sintomas como:
A osteoporose é responsável por mais de duas milhões de fraturas anualmente.
Embora especialistas não possam apontar exatamente a causa da osteoporose, eles possuem o conhecimento de como ela acontece e progride.
Os ossos estão em constante estado de renovação e são feitos de tecidos vivos em crescimento. Seu interior é similar a uma esponja, com pequenos furos e envolvido por um exterior mais rígido.
Com o tempo, esses furos aumentam de tamanho, diminuindo a densidade óssea e enfraquecendo os ossos. Devido ao estado de renovação dos ossos, eles são reconstruídos a partir da remodelação óssea — em que o corpo quebra o cálcio necessário para deixá-los saudáveis.
A maior parte da remodelação óssea ocorre durante os 20 anos. Após os 30, o normal é perder mais ossos do que são reconstruídos.
Na osteoporose, essa perda ocorre rapidamente e pode ser mais grave após a menopausa. O desenvolvimento da condição pode depender de diversos fatores, incluindo o estilo de vida do indivíduo durante o estado de constante renovação óssea.
Quanto maior o pico de massa óssea, mais ossos existem “no banco” e menor a probabilidade de desenvolver osteoporose à medida que envelhece. Contudo, o pico de massa óssea também depende de outros fatores, que podem ser influenciados pela genética ou etnia.
Uma pesquisa liderada pela Universidade da Pensilvânia conseguiu comprovar a ação de proteínas específicas no processo de perda óssea.
O processo de remodelação óssea é dependente do equilíbrio entre osteoclastos (células responsáveis pela quebra dos ossos) e osteoblastos (células que produzem os ossos). Doenças caracterizadas pela perda óssea, como a osteoporose, artrite e periodontite são resultantes de uma maior produção de osteoclastos.
De acordo com o grupo de especialistas, uma alta produção de osteoclastos pode estar relacionada com a proteína IFT80, que é responsável pelo equilíbrio entre essas células. Em testes em ratos de laboratório, animais com baixos níveis de IFT80 continham maiores concentrações de osteoclastos.
O desenvolvimento de osteoporose pode ser influenciado por diversos fatores, como:
O tratamento da osteoporose tem o objetivo de retardar o avanço da doença, diminuir as dores características da condição, prevenir fraturas, manter a densidade óssea saudável e o bem-estar do paciente no dia a dia. Ele é feito com supervisão médica e pode ser realizado a partir de medicamentos, como anabolizantes e terapia hormonal.
Um estudo de 2016 também evidenciou a terapia com células-tronco como um tratamento eficaz para a doença. Especialistas observaram que a injeção de um tipo específico de célula-tronco em camundongos reverteu a osteoporose e a perda óssea de uma forma que poderia beneficiar os humanos.
Similarmente, a pesquisa da Universidade da Pensilvânia vê a super-expressão da proteína IFT80 como um tratamento para a perda óssea, uma vez que a substância diminui a concentração de osteoclastos e promove o volume ósseo.
Em geral, a prevenção da osteoporose é feita a partir de fatores influenciáveis do estilo de vida de cada indivíduo.
Na dieta, é indicado o consumo de cálcio — sujeito a suplementações, caso recomendado por profissionais da saúde. O consumo diário do nutriente é de mil miligramas para homens e mulheres na faixa etária de 18 a 50 anos.
Após os 50, especialistas recomendam uma dosagem maior, com os valores diários aumentando para 1,200 miligramas.
O cálcio pode ser encontrado em diversos alimentos, como:
A vitamina D é outro fator importante na saúde óssea, auxiliando na capacidade do corpo em absorver o cálcio. Essa vitamina é resultante da exposição solar, também podendo ser suplementada caso necessário.
De acordo com a Mayo Clinic, a maioria das pessoas precisa de pelo menos 600 unidades internacionais de vitamina D por dia. Essa recomendação aumenta para 800 UI por dia após os 70 anos.
Os exercícios físicos promovem a formação óssea e retardam a perda óssea, ajudando no “banco” de massa desenvolvido durante a juventude. Enquanto a atividade física pode oferecer diversos benefícios em qualquer idade, especialistas recomendam que a prática comece regularmente quando você é jovem e continue ao longo de sua vida.
Outros meios de minimizar os riscos de osteoporose são:
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais