Em algum momento da sua vida você já deve ter se perguntado qual a diferença entre ouvir e escutar? Essa diferença vai além da distinção entre os significados das palavras. O cérebro também associa ambas as ações como divergentes.
No sentido linguístico, ouvir é relacionado a audição, o próprio sentido. Enquanto isso, escutar significa ativamente prestar atenção em um som. Portanto, é possível ouvir sem escutar, mas não o contrário.
O conceito de ouvir é mais palpável e, na maioria das vezes, é inconsciente. Ouvimos muitas coisas o tempo todo. Porém, só escolhemos prestar atenção em algumas informações.
Escutar vai além de um ato involuntário. A ação pode influenciar e afetar a sociabilidade. Ela dita sua capacidade de prestar atenção nas outras pessoas e no ambiente alheio e de fazer considerações relacionadas aos assuntos discutidos.
Além da diferença entre ouvir e escutar, existe outro conceito importante a ser lembrado — ouvinte passivo e ativo. Embora o uso da palavra ouvinte, essas ideias estão mais relacionadas ao ato de escutar.
O ouvinte ativo escolhe interagir intencionalmente com o que ele ouve. Isso significa que ele é capaz de processar o que lhe é dito e se envolver na conversa.
Do outro lado, o ouvinte passivo é aquele que escolhe não comunicar seu entendimento do que lhe é dito. Essas pessoas preferem não contribuir para o diálogo. Isso não significa que eles não são capazes de entender o que é falado — só indica sua preferência em permanecerem calados.
Embora não apresente riscos nem indique problemas de compreensão, os ouvintes passivos podem ter mais dificuldade na socialização. Portanto, é possível desenvolver o perfil de um ouvinte ativo.
Uma pesquisa realizada na University of Basel comprovou que o cérebro ativa partes diferentes enquanto escutamos ou ouvimos.
Em testes feitos com ratos de laboratório, os cientistas puderam analisar as atividades dos neurônios enquanto os animais ouviam e escutavam. Isso foi possível porque a ação de ativamente escutar o som reproduzido era recompensada.
Os cientistas observaram pelo menos dez atividades cerebrais distintas e, embora a maioria seja associada aos níveis de atenção dos ratos, algumas também podem ser resultado de sua movimentação.
Inicialmente, era acreditado que as áreas do cérebro que processam a audição eram afetadas pela atenção. Porém, isso foi descartado de acordo com as observações feitas no laboratório. Por outro lado, também foi comprovado que o processo de prestar atenção afeta partes do cérebro que se pensavam apenas realizar funções simples de reconhecimento de sons.
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