Paixão: o que é e a sua relação com o amor humano

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Paixão é um sentimento humano, geralmente ligado a uma outra pessoa. Ele costuma surgir quando um indivíduo encontra alguém que admira e faz com que seu coração bata mais forte. No entanto, o sentimento de paixão não é eterno, e se apresenta de diversas formas. 

Muitos estudos já foram realizados para entender como funciona o sentimento de paixão no ser humano. Alguns chegaram à conclusão que ele não é eterno, enquanto outros descobriram que o amor tem mais a ver com o cérebro do que com o coração. De qualquer forma, ele continua sendo um sentimento crucial para as pessoas no mundo todo.

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O que é paixão?

A paixão costuma ser um sentimento separado do amor. Isso quer dizer que a paixão precisa do amor, mas o amor funciona necessariamente apenas quando há paixão. Ela é definida como a vontade intensa de estar com a pessoa querida a qualquer momento.

Esse tipo de amor normalmente está presente durante os primeiros estágios de uma relação. Duas pessoas apaixonadas costumam ter sentimentos fortes entre si, sempre querendo estar próximo, pensando nessa pessoa a todo momento e experienciando estresse ao estarem separados. 

Existem dois tipos de paixão, a recíproca e a não recíproca. Quando há paixão recíproca, duas pessoas sentem uma atração mútua e decidem se unir em uma relação e expressar seus sentimentos. Já na paixão não recíproca, uma das pessoas não sente a mesma coisa, ou os dois são impedidos de estar juntos. Isso pode causar desespero, ansiedade e solidão. 

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Amor compassivo

A paixão costuma ser o primeiro estágio para o amor compassivo. Casais que estão juntos há algum tempo afirmam que depois que o sentimento de paixão se dissipa, surge o amor compassivo. O indivíduo passa a ter um nível maior de intimidade, confiança, lealdade e afeição com seu parceiro.

Nesta situação, a paixão não desaparece totalmente, apenas sua intensidade que diminui. Casualmente, o casal pode sentir a paixão novamente, porém de uma forma menos desesperada e urgente. O amor compassivo está diretamente ligado ao carinho, conhecimento sobre a outra pessoa e a lealdade em momentos bons e ruins.

Mesmo que as pessoas em um relacionamento se desentendam, o amor irá continuar, assim como a dedicação. O amor compassivo não tem prazo de validade, ele pode acabar caso um casal decida se separar pela falta de companhia e lealdade. No entanto, ao contrário da paixão, o amor compassivo tende a se manter durante longos períodos de tempo. 

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Quais as diferenças entre amor compassivo e paixão? 

Para entender melhor o que difere a paixão do amor compassivo, é preciso ter em mente algumas das principais características desses sentimentos.

Características da paixão

Pensamentos intrusivos: pessoas apaixonadas costumam ter pensamentos intrusivos a respeito daqueles que estão gostando. Esses pensamentos são recorrentes e podem aparecer a qualquer momento do dia. 

Idealização da pessoa no relacionamento: quando uma pessoa está apaixonada, ela tende a acreditar que aquele indivíduo que sua paixão está direcionada não pode fazer nada de ruim. Eles também creem que a relação não tem nenhum problema e está destinada a ser a escolha perfeita. 

Sentimentos fortes: o apaixonado se sente extremamente bem quando está tudo indo bem, e devastados quando algo dá errado. Não existe um meio termo entre os sentimentos. 

Proximidade física: Como uma resposta a estar apaixonado por alguém, o indivíduo irá tentar manter uma proximidade física a todo momento.

Vontade de conhecer e ser conhecido: o indivíduo dominado pela paixão sente uma grande necessidade de saber tudo sobre seu parceiro, e que o mesmo aconteça com a pessoa que está apaixonado.

Atitudes que fazem a diferença

Características do amor compassivo

Compromisso a longo prazo: pessoas em um relacionamento com amor compassivo tem uma relação duradoura e leal um com o outro. Ou seja, elas gostam de estar juntas e decidem manter o relacionamento por um longo período de tempo.

Intimidade: Quando indivíduos sentem amor compassivo um pelo outro, eles têm a capacidade de dividir diversos aspectos de suas vidas. Assim, eles conseguem contar com os fatos mais íntimos de seu dia a dia, e ainda se sentir confortável com isso. 

Confiança: amor compassivo é marcado pela confiança entre as pessoas na relação. 

É possível notar que o amor compassivo é menos urgente e mais racional. Já a paixão é acelerada e irracional, a pessoa tende a querer muito mais e a sentir necessidade daquele que seu amor está direcionado. O amor compassivo é mais estável e rotineiro.

Alguns estudiosos também acreditam que a paixão está diretamente ligada à atividade de reprodução humana. Quase como um instinto, que escolhe o parceiro correto para a procriação e assim que essa questão está fora do caminho, ela se dissolve.

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Quanto dura esses sentimentos?

A ciência, e os poucos estudos que se tem a respeito, afirma que a paixão dura apenas de 2 a 3 anos. Depois disso, é comum que ela se dissipe em um amor compassivo. Porém, se isso não acontecer, o indivíduo pode partir para outra relação.

O tempo de duração de um relacionamento e da paixão está relacionado ao quanto a pessoa se sente pronta para estar apaixonada. Quando o indivíduo não se sente pronto para se apaixonar ou enfrenta algum tipo de dificuldade nisso, fica quase impossível manter uma relação.

Exposição ao sol pode influenciar o sentimento de paixão?

Um estudo realizado pela Tel Aviv University, mostrou que a exposição solar em adultos pode causar um aumento em seus sentimentos sexuais. Na pesquisa, 32 adultos foram expostos a uma rotina de diferentes níveis de radiação ultravioleta do Sol, enquanto eram questionados o quão excitados eles se sentiam. 

Nos dias em que os participantes tomavam sol, eles se sentiam bem mais excitados. Foi possível descobrir também que ao serem expostos aos raios UV, eles tiveram um aumento nos hormônios sexuais. Os homens também apresentaram uma mudança positiva nos níveis de testosterona. 

Os estudiosos conseguiram concluir que ao tomarem muito Sol, os homens tiveram atitudes mais agressivas. Essas descobertas além de ajudar a entender como funciona a atração humana e sua relação com a paixão, também pode ser positiva no tratamento de disfunções sexuais. 

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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