O papel celofane pode ser definido como um polímero natural fino e transparente, feito de celulose esterificada com soda cáustica, bissulfeto de carbono e água. Ele serve principalmente para embrulhar presentes e alimentos.
Esse material apresenta diversas propriedades vantajosas. Entre elas, pode-se dizer que o papel celofane é flexível, resistente a esforços de tensão, biodegradável e compostável. No entanto, ele não é reciclável industrialmente e não resiste bem à umidade, já que tende a absorvê-la.
A alta sensibilidade à umidade dificulta sua aplicação em ambientes com alta umidade relativa, ou na presença de água. Isso porque ela acaba amolecendo o material de embalagem, alterando seu aspecto e sua função de proteger o alimento.
O papel celofane foi inventado pelo químico suíço Jacques E. Brandenberger enquanto empregado pela empresa Blanchisserie et Teinturerie de Thaon. Brandenberger estava sentado em um restaurante quando um cliente derramou vinho na toalha da mesa. Quando o garçom substituiu o pano, ele decidiu que deveria desenvolver um pano de revestimento.
O objetivo era desenvolver um material mais resistente às manchas e impermeável.
Por volta de 1908, Brandenberger criou o primeiro aparelho para a fabricação de folhas transparentes de celulose regenerada. Após vários anos de pesquisas adicionais, ele começou a produzir papel celofane e a comercializá-lo para fins industriais.
A empresa Whitman passou a usar esse material para envolvimento de doces nos Estados Unidos em 1912. Eles permaneceram como maior utilizador de celofane importado da França até 1924. Neste ano, a DuPont construiu a primeira fábrica de papel celofane em território norte-americano.
Em seguida, a instituição contratou o químico William Hale Chach, que passou três anos desenvolvendo um verniz nitrocelulose que fazia com que esse papel se tornasse à prova de umidade. Depois disso, as vendas do material triplicaram entre 1928 e 1930, e em 1938, o celofane foi responsável por 10% das vendas da DuPont e 25% de seus lucros.
No Reino Unido e em muitos outros países, “celofane” é uma marca registrada de propriedade do Grupo Innovia Films. No entanto, nos EUA e em alguns outros países, o “celofane” tornou-se marca comercial. Assim, muitas vezes, ele é usado informalmente para se referir a uma grande variedade de produtos de filme, mesmo aqueles que não são feitos de celulose, tais como filme plástico.
O papel celofane é o material mais popular para a fabricação de embalagem para charutos. A razão disto é que sua permeabilidade à umidade faz dele um produto perfeito para esta aplicação, uma vez que os charutos devem “respirar” durante o armazenamento.
O papel celofane já foi muito utilizado na elaboração de fitas adesivas, sendo substituído posteriormente por outros polímeros. Ele é usado como embalagem e envoltório de produtos, como pães, doces, hortaliças, velas, sabonetes, bolos, flores, assados e entre outros. Além disso, é muito utilizado em caixas de presentes.
Em algumas aplicações, sua superfície pode ser recoberta para complementar ou modificar suas propriedades. Isso porque o material puro não possui a capacidade de selar. Já o material envernizado com cloreto de polivinilideno (PVDC), por exemplo, sela tão bem quanto outros polímeros. Entretanto, esse composto causa diversos danos ao meio ambiente, assim como os plásticos.
Por ser feito de um produto essencialmente natural, o papel celofane não contamina os alimentos com os quais entra em contato. Dessa maneira, ele está sendo muito usado para assar alimentos. O processo de assar alimentos em churrasqueiras e fornos, envolvidos em filmes ou folhas de alumínio, deu-se pela necessidade de manter os líquidos. O que muitos não sabem é que, ao contrário do alumínio, esse material deixa escapar os líquidos, diminuindo o tempo de cozimento.
Apesar de ser biodegradável e compostável, o papel celofane apresenta algumas desvantagens, como:
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