Com os espaços cada vez menores em novas construções de casas e apartamentos, está ficando difícil cultivar um jardim em ambiente doméstico. A americana Britta Riley passou por essa experiência. Criada em uma zona rural no sudeste do Texas, nos EUA, onde é comum os moradores viverem daquilo que suas próprias terras produzem, ela se mudou para o Brooklyn, Nova York, em 2008, e sentiu falta do contato que tinha com a natureza.
Riley resolveu, então, plantar alguns legumes em vasos, os quais ela deixou em seu apartamento mal iluminado. Resultado: as plantas se esticaram em direção à janela, de onde emanava a ínfima quantidade de luz que iluminava o apartamento, e, em vez de crescerem plantas comestíveis verdes e exuberantes, houve um enorme crescimento radicular (da raiz).
Foi aí que Britta pensou que, usando todo o espaço vertical banhado pelo sol de uma janela, poderia estimular o crescimento de legumes mais saudáveis. Com isso, improvisou um protótipo a partir de garrafas de plástico, uma bomba de água, e um balde. A bomba de água extrai o fluído do balde por meio de um tubo e o coloca na parte superior, dentro das garrafas. Quando o líquido escorre, ele é novamente recolhido no balde.
Para manter sua pequena “fazenda vertical” leve e incentivar o crescimento frondoso, Riley optou pela técnica da hidroponia, que consiste em cultivar plantas sem terra. Assim, as raízes podem ficar suspensas em meio liquido (sistema NFT) ou apoiadas em substrato inerte (areia lavada, por exemplo). Sua pesquisa para esse projeto incluiu uma consulta aos trabalhos da Nasa e aos cultivadores de cânhamo.
Com a ajuda de uma comunidade, Riley tem agora um jardim vertical de 20mpor 30m pendurado em um pavilhão de vidro do Museu Americano de História Natural de Nova York – e uma empresa start-up.
Riley lançou também um fórum online, chamado Windowfarms, para reunir conselhos para o design de seu projeto e dicas de cultivo. Em 2011, Ela lançou uma campanha no site crowdfunding Kickstarter, para produzir um kit hidroponia pronto para consumo que vem com farinha de algas marinhas e micronutrientes por cerca de US$ 179. O projeto levantou mais que US$ 257 mil – cinco vezes mais do que o mínimo necessário – e ela recebeu 1,5 mil pedidos.
Riley diz que o kit ajuda as pessoas que não estão dispostas a construir o seu próprio sistema de window-farming a começar a se interessar pelo projeto e a participar. Enquanto isso, a comunidade Windowfarm continua ajustando o modelo e compartilhando dicas. O modelo mais simples (Versão 2.0) pode ser construído em uma hora por cerca de US$ 30.
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