A agricultura urbana e peri-urbana (UPA) está crescendo na América Latina e no Caribe, de acordo o novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). No entanto, para fazer com que índices aumentem ainda mais, é necessário maior apoio por parte de governos nacionais, estaduais e locais. A cidade de Belo Horizonte teve um perfil traçado no relatório, mostrando seus principais avanços na área.
Com o nome de “Cultivando cidades mais verdes na América Latina e no Caribe“, o relatório se baseia nos resultados de um pesquisa feita em 23 países, com dados de 110 municípios e cidades. Os maiores progressos têm sido feitos em locais em que há políticas públicas nas estratégias de desenvolvimento urbano e uso da terra. Em geral, nos países com contradições sociais marcadas, a utilização da UPA é muito importante não só para uma cidade mais verde (e uma alimentação sem agrotóxicos), mas principalmente por poder garantir a segurança alimentar de pessoas em situação de baixa renda.
Referindo-se a Belo Horizonte, o documento afirma que há investimento governamental de cerca de US$ 240 mil por ano na agricultura urbana. Também fica explícita a intenção de abrir uma feira de agricultura urbana semanal entre produtores, para além dos 30 locais onde já há trocas de alimentos.
O destaque da capital mineira fica por conta das hortas escolares, que passaram de 60 para 126 em quatro anos. A atividade envolve 96 mil alunos. Também há 19 programas que buscam garantir acesso a alimentos de alta qualidade a baixos preços.
Das cidades que tiveram o perfil analisado, Havana, em Cuba, é a “mais verde”. 90 mil habitantes da capital estão envolvidos com UPA.
Apesar da necessidade de investimento governamental, apenas 12 dos 23 países pesquisados têm políticas nacionais que promovem a UPA. Muitas vezes, a agricultura urbana é excluída do planejamento de gestão do uso da terra em cidades.
Clique aqui e tenha acesso à integra do relatório (em inglês e espanhol).
Confira um vídeo sobre o relatório da FAO (em inglês):
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