A parentalidade é um termo que se refere ao conjunto de ações de adultos para manter a saúde e a sobrevivência de uma criança. Esse papel está comumente ligado aos pais, mães, tios, tias e avós da criança, pessoas que convivem com ela diariamente e estabelecem vínculos afetivos, Vínculos esses que nos primeiros estágios da vida irão ditar sua educação e respostas sociais.
A parentalidade não é responsabilidade apenas dos pais da criança, e sim de todos os familiares ou indivíduos que tiverem algum tipo de relação com ela. Afinal, a parentalidade está diretamente ligada a reprodução de discursos, crenças e valores de uma geração a outra. Ou seja, todo o núcleo familiar de uma criança é responsável por passar ideais a uma nova geração.
Exercer a parentalidade é muito mais do que cuidar de um filho, é manter a preservação de uma espécie e de uma linha de descendentes. Isso porque o ser humano não consegue sobreviver sozinho. Mesmo com habilidade sociais e intelectuais consideradas superiores aos animais, o ser humano não sobrevive sem cuidados básicos e sem afeto e amor, diferente de outras espécies.
Ou seja, a parentalidade tem como papel principal manter a sobrevivência da espécie humana na Terra. Prezando pelas crianças, educando-as e fornecendo a base necessária para que elas consigam manter sociedades e a criação de novas gerações. Como o humano valoriza vínculos sanguíneos e afetivos, a parentalidade é exercida pelas pessoas mais próximas da criança.
Entender o desenvolvimento de uma criança é essencial para uma boa parentalidade. Desta forma, os responsáveis entenderão a melhor forma de prestar suporte à criança na fase inicial de sua vida. Cada filho cresce e se desenvolve em sua própria velocidade, as áreas que ele irá apresentar mudanças são:
É comum que o desenvolvimento de uma criança seja descrito em estágios, tarefas e marcos.
Estágios: quando desenvolvimento acontece em um certo período de tempo, cada estágio complementa o outro que veio anteriormente;
Tarefas: quando a criança está aprendendo ou aprendeu uma nova competência;
Marcos: cada estágio é marcado por um acontecimento específico, que diz se a criança vai se desenvolver normalmente e como o esperado.
Crianças não costumam se desenvolver sozinhas, por isso a parentalidade é necessária. Afinal, seu filho não irá aprender a ler sozinho, apenas ao ser deixado com um livro. Ele precisará de exemplos e da ajuda de adultos preocupados e carinhosos. Essas pessoas serão responsáveis por dar a estrutura necessária para que ele aprenda a ler.
Ao exercer sua parentalidade, é preciso saber que toda a criança é diferente, e ninguém é perfeito. Isso significa que o desenvolvimento de seu filho pode ser diferente do filho de seu amigo ou vizinho, e isso é normal. Às vezes, ao aprender algo, a criança pode se sentir frustrada e acabar largando a atividade.
Este fator não significa que ela não aprenderá aquilo nunca mais, só que ela precisa de um tempo para desenvolver certa habilidade. Tentar se manter paciente e respeitar o tempo de seu filho é uma ótima forma de ter uma boa parentalidade. Assim, a criança não se sentirá pressionada e preocupada com as mudanças que está passando.
Caso algo pareça estar errado a respeito do desenvolvimento de seu filho, consulte o médico pediatra responsável pela criança. Desta forma, ele poderá verificar se existe mesmo algo fora do normal e você aprenderá a melhor maneira de lidar com isso. Para exercer sua parentalidade corretamente.
A parentalidade não é uma ação apenas dos pais, todas as pessoas incluídas no ciclo da criança exercem algum tipo de parentalidade. Isso inclui até mesmo os professores e funcionários presentes na escola da criança. Este grupo de indivíduos também se compromete a prestar cuidado e atenção.
Desta forma, o jeito como um avô ou um tio trata a criança ou ensina as coisas da vida a ela também vão ter impacto em seu desenvolvimento. Cada família tem sua formação única, nenhuma é igual. Por isso, essas crianças podem ser cuidadas pelos pais, pelos avós, pelos tios ou por pessoas próximas que decidiram adotar.
O leque de indivíduos que podem assumir um papel de parentalidade na vida de uma criança é diverso. E mesmo que uma ou duas pessoas assumam a responsabilidade principal de criar a criança, não significa que eles devam fazer isto sozinho. Exercer a parentalidade é uma tarefa difícil e requer suporte familiar.
Todos os parentes próximos, ou amigos, podem ter papel fundamental na criação de um filho se prestarem apoio aos pais ou responsáveis. Atos simples como cuidar da criança uma vez ou outra, levar ela pra passear, buscar na escola quando o pai ou mãe não pode, comprar um presente e ajudar em uma tarefa da escola, são exemplos de parentalidade de suporte à família.
Qualquer pessoa pode assumir essa função, desde que esteja disposta a participar do desenvolvimento da criança. Assim, sempre prezando pela melhor forma de se criar uma pessoa saudável e feliz.
Muitas vezes, a figura da mulher é colocada como a maior — senão a única — responsável pela criação de um filho. Esta crença acontece pelo estereótipo errôneo de que mulheres nasceram para serem mães. Essa ideia, além de tirar a responsabilidade dos pais, também acaba gerando uma legião de mães solo sem nenhum tipo de amparo maternal.
A parentalidade não deve ser praticada apenas pela figura paterna, o pai tem a obrigação de prestar apoio à sobrevivência do filho. Outros familiares também podem prestar algum tipo de suporte para essas mães. Afinal, tanto elas quanto as crianças sofrem com o abandono da sociedade.
De acordo com uma análise de diversos estudos, publicada pela Science Direct, a parentalidade está ligada a diversos fatores de desenvolvimento de uma criança. Uma criança que cresceu em um cenário bom de parentalidade é menos propensa a ter vícios em drogas, transtornos psicológicos como ansiedade, transtornos alimentares e de sofrer abuso.
Esses filhos de pais que sabem exercer sua parentalidade também acabam desenvolvendo maiores habilidades sociais, o que consequentemente traz um maior sucesso em suas vidas. Enquanto isso, estudos realizados na Jamaica, mostram que a adoção de uma parentalidade mais autoritária faz com que crianças cresçam para serem adultos que não querem filhos.
Pais costumam buscar o melhor para seus filhos, e por isso, algumas vezes tendem a forçar eles para conseguir sucesso. Este tipo de atitude só irá afastar cada vez mais você do seu filho. Em vez de tomar essa posição, de puni-lo por não fazer o que você acha melhor para ele, ofereça orientação e apoio naquilo que ele gosta de fazer e ama.
Se você deseja que seu filho seja uma pessoa educada, simpática, gentil e empática, então é melhor começar a dar esses exemplos. Nem todo mundo é perfeito, e você também não precisa ser. Mas tente ao máximo dar bons exemplos para a sua criança. Afinal, ela vê e repete todas as suas ações, pois acredita que você sabe a melhor forma de conviver em sociedade.
Uma ótima maneira de ensinar as crianças a admitirem seus erros e pedirem desculpas por eles, é fazendo a mesma coisa. Por isso, sempre que você souber que está errado, admita e peça desculpas. Desta forma, elas vão entender a importância de reconhecer os próprios erros e aceitar que todos podem errar, incluindo seus pais.
Projetar quem você quer que seu filho seja não é um bom jeito de exercer sua parentalidade. Todas as pessoas são diferentes, incluindo as crianças. Logo, entenda a forma como sua criança é, e aceite esse fator. Sempre respeitando os gostos dela, as maneiras e as preferências.
Em vez de punir seu filho por não ser quem você deseja que ele seja, o encoraje a tentar coisas novas. Sem usar de violência ou agressividade, proponha para que ele conheça novas coisas sobre o mundo que ele pode achar interessante. Caso ele não goste de suas indicações, respeite.
A relação pai e filho não é apenas regras e tarefas, também é parceria e amizade. Desta forma, aproveite bons momentos com sua criança. Riam, se divirtam, brinquem e conversem juntos. Assim é possível criar um laço entre você e seu filho, para que ambos mantenham uma relação saudável, onde podem confiar um no outro.
Às vezes, ao invés de conversar com os filhos, os pais apenas falam para ele. O que isso significa? A criança não tem espaço para expressar seus sentimentos, e é obrigada apenas a ouvir aquilo que os pais estão falando.
A melhor maneira de ter uma conversa sincera e boa com o seu filho é escutando e dando sua opinião. Não brigue ou gere intrigas, ouça o que ele tem a dizer com calma, e tente entender o ponto dele. Desta forma, os dois podem ter uma conversa saudável e aprender a respeitar a opinião um do outro.
Sua criança pode se sentir negligenciada se não receber a atenção que precisa. Logo, é preciso que você demonstre seu carinho e seu amor sempre que possível. Afinal, a criança não consegue adivinhar por si mesma os seus sentimentos, ela precisa ouvir dos pais e de suas figuras de parentalidade sua importância e o quanto ela é amada.
Ao ter uma boa relação de parentalidade, é possível desenvolver confiança entre pais e filhos. Desta forma, a figura parental se torna um porto seguro para a criança. Alguém com quem ela possa contar sempre que precisar de ajuda. Demonstre ao seu filho que você está sempre disposto a ouvi-lo. Assim, se ele enfrentar algum problema, poderá correr para a sua ajuda.
Sempre lembre sua criança que os sentimentos dela são válidos. Quando ela começar a chorar por querer algo, e não poder ter, assegure-a de que você entende seu sentimento de frustração mas que não é possível mudar a situação.
Mostrar que você se importa e entende os sentimentos de seu filho é um bom passo para exercer sua parentalidade com sucesso. Desta maneira, a criança entenderá que o que está sentindo não é errado, e que ela tem o direito de se expressar.
Uma criança que aprende apanhando, aprende por puro medo. Você gostaria de ser agredido toda vez que faz algo de errado? Independente da resposta, ninguém deve ser agredido por cometer um erro do dia a dia, ou por não atender aos desejos de suas figuras parentais.
A melhor maneira de ensinar uma criança sobre o certo e o errado é através de exemplos, conversas e compreensão de sentimentos. Assim, ela pode ver por si mesma o que é errado e o que não é. Uma criança que é ensinada através da violência deixa de fazer algo não porque é errado, e sim porque tem medo.
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