Nos EUA, pássaros são queimados em pleno voo por usina de energia solar

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Devido às grandes consequências que a queima de combustíveis fósseis traz para o meio ambiente, a busca por outras energias limpas tem aumentado. Dentre as energias renováveis que despontaram como possíveis soluções, a solar é uma das que mais recebe investimentos, inclusive de grandes empresas como o Google. Entretanto, nem mesmo essas formas de produção de energia estão livres de malefícios.

Na Califórnia, Estados Unidos, a maior usina solar do mundo, com capacidade de abastecer 140 mil famílias, acabou por apresentar um efeito colateral inesperado: a queima de pássaros em pleno voo. Apelidados de “streamers” (serpentinas, em português), pelos trabalhadores do local devido ao fato de uma pluma de fumaça se desprender quando inflamam no ar, esses animais têm morrido em grande escala.

Investigadores federais que visitaram a usina reportaram uma morte a cada dois minutos e agora, com urgência, tentam interromper a construção de uma usina ainda maior. Para eles, é preciso entender e avaliar a real extensão dessas mortes e pesar as vantagens e desvantagens da energia solar até que novos passos possam ser dados.

Construída no deserto de Mojave, a usina conta com mais de 100 mil espelhos que refletem os raios solares para três torres de 140 metros de altura responsáveis pelo início do processo de produção de energia elétrica. São esses raios solares refletidos que acabam por desencadear a queima de pássaros em pleno voo. Para os investigadores oficiais, os raios solares atraem insetos que servem de alimentos para algumas espécies de pássaro. Consequentemente, ao tentarem atacá-los, os pássaros acabam voando em direção ã morte.

O número de pássaros mortos chama atenção para o fato de que nem as energias renováveis são livres de impactos prejudiciais ao meio. Os prós e contras sempre devem ser analisados para uma utilização consciente. No caso da usina, as temporadas migratórias dos pássaros e a quantidades de mortes deverão ser rastreadas durante um ano antes de serem liberadas novas permissões para utilização desse tipo de energia solar.

Equipe eCycle

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