Imagem de Plenuska no Wikimedia e sob CC BY-SA 4.0
Os peixinhos-da-horta, ou lambarizinho, lambari-de-folha, orelha-de-coelho e orelha-de-lebre, são Plantas alimentícias não convencionais (Pancs) de nome científico Stachys byzantina. Ele é nativo da Turquia, Armênia e Irã e pode ser encontrado facilmente em regiões de clima temperado como planta ornamental. Na área científica, ele também pode ser encontrado pelos sinônimos Stachys lanata ou Stachys olympica.
Sendo uma planta herbácea e perene, o peixinho-da-horta é uma planta capaz de crescer até 20 centímetros de altura. Ele se desenvolve melhor em climas amenos, que variam entre 5°C e 30°C. No Brasil, ele cresce mais facilmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste — em solos bem drenados e com matéria orgânica.
O plantio do peixinho-da-horta se dá por meio da de touceiras, que devem ser plantadas em dias frescos diretamente no local definitivo. Depois de dois meses e meio, quando a planta atinge entre oito e 15 cm, pode ser feita a primeira colheita.
O peixinho-da-horta vai muito bem frito, empanado ou à milanesa. Mas antes do consumo deve ser muito bem higienizado. Isso pois a característica aveludada de suas folhas faz com que ele prenda algumas impurezas do solo. Depois de lavá-lo, seque para preparar receitas ou guarde em saco de pano umedecido na geladeira.
Um estudo publicado no African Journal of Biotechnology mostrou que o extrato metanólico do peixinho-da-horta apresenta atividade antioxidante. Os antioxidantes são substâncias capazes de atrasar ou inibir a oxidação das células sadias, protegendo o organismo dos radicais livres.
Os radicais livres (agentes oxidantes) são moléculas que, por não possuírem um número par de elétrons na última camada eletrônica, são altamente instáveis. Estão sempre buscando atingir a estabilidade travando reações químicas de transferência de elétrons (oxirredução) com células vizinhas. Apesar de fundamentais para a saúde, quando em excesso, os radicais livres passam a oxidar células saudáveis, como proteínas, lipídios e DNA.
O ataque constante leva à peroxidação lipídica (destruição dos ácidos graxos poli-insaturados que compõem as membranas celulares). A intensificação no processo de peroxidação lipídica, por sua vez, está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas, Essas condições podem ser:
A importância dos antioxidantes está justamente no fato de que eles são capazes de regular a quantidade dos radicias livres no organismo.
Nesse sentido, o peixinho-da-horta pode ser uma alternativa saudável que tem potencial de prevenir os danos oxidativos dos radicais livres.
Outro estudo, mostrou que as folhas e as flores do peixinho-da-horta têm propriedades que combatem o tumor cerebral e o carcinoma no útero humano. No entanto, a pesquisa da Elsevier foi realizada apenas em animais.
De maneira geral, uma planta alimentícia não convencional, como peixinho-da-horta, é um alimento alternativo com boas fontes de nutrientes acessíveis. Além de ter grande potencial no combate à desnutrição da população de baixa renda.
Entretanto, vale lembrar que não há um único alimento, sozinho, que seja capaz de combater a fome e a desnutrição. Para isso, é necessário viabilizar o acesso a uma dieta variada, com poucos alimentos processados. Por isso, o peixinho-da-horta pode ser um dos alimentos que compõem uma dieta saudável.
Lave bem as folhas de peixinho-da-horta e reserve. Em uma vasilha, coloque a fécula, as ervas finas, tempere com sal e a noz-moscada e acrescente água até ficar pastoso. Em outra vasilha, coloque a farinha de mandioca.
Agora, mergulhe uma folha de cada vez na mistura pastosa e, em seguida, na farinha de mandioca, de modo que fique bem homogêneo pela folha. Faça o mesmo procedimento em todas as folhas. Aqueça o óleo de sua preferência, frite e deixe escorrer em uma vasilha forrada com papel-toalha.
Monte uma travessa com as folhas de alface lavadas, coloque o peixinho-da-horta. Depois, acrescente o limão em fatias em cima e está pronto!
Veja, a seguir, uma outra receita de peixinho-da-horta do Canal VegetariRango:
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