O que são pensamentos obsessivos?

Os pensamentos obsessivos são sintomas de transtornos mentais como o TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) e a ansiedade. Eles são definidos como tipos de pensamentos repetitivos, fantasias ou vontades indesejadas, involuntárias e possivelmente angustiantes. 

Embora sejam comumente comparados aos pensamentos intrusivos, muitas pessoas os diferenciam a partir de sua frequência. Enquanto os pensamentos intrusivos são considerados mais leves e fáceis de desaparecerem, os pensamentos obsessivos são mais severos e difíceis de se lidar. Assim como exemplificado por seu nome, esses pensamentos são uma causa de obsessão e podem ter um impacto maior na vida de um indivíduo. 

Raramente positivos, os pensamentos obsessivos são, geralmente, derivados de medos, inseguranças e outras emoções angustiantes e constantemente apresentam algum teor sexual ou agressivo.

O que é um pensamento obsessivo?

De acordo com o dicionário Michaelis, obsessão associada à psicologia é uma “perturbação causada por uma ideia fixa involuntária que leva o doente à execução de determinado ato”. Entretanto, os pensamentos obsessivos se distanciam um pouco da definição, uma vez que eles não necessariamente são executados por pessoas que os vivenciam. 

A Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA) enfatiza, por exemplo, que esses tipos de pensamentos não refletem os desejos ou realidade da pessoa que os vivencia, sendo inteiramente involuntários. Porém, ainda assim são persistentes, angustiantes, e não são facilmente descartados.

Diferença entre pensamentos obsessivos e pensamentos intrusivos 

A doutora de psiquiatria Melissa Shepard afirma que os pensamentos obsessivos podem começar como pensamentos intrusivos. No entanto, a sua progressão e falta de tratamento pode desencadear a formulação da obsessão, fazendo com que esses pensamentos se tornem mais frequentes, perturbadores e intensos aos pacientes. 

Tipos de pensamentos obsessivos 

Por serem comuns em pacientes com TOC, os pensamentos obsessivos são, em grande parte, derivados de algumas características do transtorno, como o medo de: 

• Ser contaminado por germes;
• Causar ou sofrer um acidente; 
• Fazer algo “estranho” em público e ser julgado; 
• Esquecer algo importante
• Algo acontecendo com entes queridos; 

Porém, também podem ocorrer independentemente dos medos de uma pessoa, refletindo inseguranças ou outras emoções negativas: 

• Fixação em problemas;
• Preocupações excessivas sobre padrões morais ou éticos;
• Conversa interna negativa;
• Concentrar-se em algum tipo de ato sexual agressivo (com alguém conhecido ou desconhecido).

O que causa pensamentos obsessivos?

Acredita-se que os pensamentos obsessivos não tenham uma causa concreta. Como grande parte dos pensamentos negativos, eles acontecem de repente e são indesejados.

Contudo, pessoas que sofrem com alguns transtornos mentais tendem a desenvolvê-los com uma frequência maior, além de serem mais prováveis a torná-los em uma obsessão, e não um simples pensamento ruim. Esses transtornos são: 

• Transtorno Obsessivo-Compulsivo
• Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) ou outros distúrbios de ansiedade
• Síndrome do pânico
• Transtorno de Estresse Pós-Traumático
• Fobias
• Fobia social

Como tirar pensamentos obsessivos da cabeça?

O tratamento dos transtornos mentais associados aos pensamentos obsessivos geralmente auxiliam na neutralização de pensamentos negativos antes que virem uma obsessão. Portanto, um dos passos mais importantes a se tomar é pedir auxílio a um profissional de saúde qualificado, principalmente se esses pensamentos estejam impactando sua rotina e bem-estar. 

Além disso, é importante lembrar-se sempre que os pensamentos obsessivos não refletem a sua realidade e nem o que você pensa. Eles são, na maioria das vezes, apenas sintomas de transtornos que afetam a saúde mental e que não estão sob seu controle. 

Existem, também, alguns exercícios que podem ajudar a controlar ou esquecer pensamentos obsessivos. São eles: 

• Identificação desses pensamentos como intrusivos; 
• Reconhecimento de que eles são involuntários, irrelevantes e não refletem o seu caráter como pessoa;
• Aceitar a presença dos pensamentos em vez de ativamente lutar contra eles;
• Continuação de comportamentos normais, dando tempo para que os pensamentos desapareçam por conta própria;

O mais importante no controle de pensamentos obsessivos é não se envolver neles, nem realizá-los. Contudo, também é essencial lembrar que são involuntários — por isso, procure não se julgar pelo seu acontecimento.