O perclorato é uma substância encontrada naturalmente no meio ambiente ou fabricada pelo ser humano. Ele é usado como combustível para foguetes e mísseis e está presente na fabricação do fósforo e dos fogos de artifício. Ele é encontrado na água e em alimentos, e pode contaminar pessoas e provocar danos à saúde.
O perclorato é uma substância de fórmula ClO4–, sendo encontrada naturalmente no ambiente de climas áridos ou fabricada pelo ser humano. De acordo com um estudo, existem depósitos de nitrato no deserto do Atacama, no Chile.
A formação de perclorato na natureza ocorre a partir da oxidação do cloreto, provocada pelo ozônio. Já a fabricação artificial ocorre principalmente a partir do perclorato de amônio. Essa substância é facilmente encontrada em cursos d’água.
Ele é produzido a partir da dissolução de sais como o potássio, sólidos de amônio e perclorato de sódio. Os sais de perclorato são bastante solúveis na água, favorecendo a sua dispersão. Além disso, a degradação dessa substância no ambiente é lenta, fazendo com que ela permaneça por muito tempo no ambiente.
O perclorato é utilizado como combustível em foguetes e mísseis. Além disso, está presente na fabricação de explosivos, fogos de artifício e do fósforo. O perclorato presente no deserto do Atacama é explorado pelos Estados Unidos para a produção de fertilizantes.
Devido a sua alta solubilidade em água, o perclorato atinge os corpos hídricos com facilidade. Os locais com maior concentração de perclorato são aqueles próximos à bases militares ou instalações feitas pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa), que o utilizam na fabricação de mísseis, explosivos e foguetes.
Em geral, os resíduos de perclorato são despejados sem tratamento em corpos hídricos, provocando sua contaminação. Além disso, o sistema de tratamento não é capaz de retirar todo o perclorato da água, o que faz com que ele seja consumido pelas pessoas com maior facilidade.
O perclorato liberado no ambiente é absorvido por produtos agrícolas e bovinos com facilidade, levando à contaminação de carnes, laticínios e vegetais cultivados. Quanto maior a concentração dessa substância nos alimentos, maior a contaminação daqueles que os consomem.
A principal forma de contaminação do perclorato em humanos é a partir do consumo de água e alimentos contaminados. Quando ingerido, o perclorato pode prejudicar a produção de hormônios a partir da tireoide, já que impacta diretamente a capacidade de absorção de iodo do organismo.
A tireoide contribui no desenvolvimento humano e no funcionamento do metabolismo. Em bebês, ela desenvolve o sistema nervoso e o feto. Quando uma mulher grávida é contaminada, o perclorato é transferido para o bebê, o que leva à complicações no seu desenvolvimento.
Um estudo identificou a presença de perclorato no leite materno ocasionada pelo consumo de água e alimentos contaminados. Dessa forma, o leite materno é ingerido pelo bebê e, assim, ele também é contaminado.
O perclorato pode ser retirado do ambiente a partir da aplicação de carvão ativado. O carvão ativado é uma alternativa de baixo custo e fácil adaptação, já que é utilizado durante o tratamento de água. Entretanto, é uma alternativa pouco eficaz, pois não permite retirar a substância por completo.
Outra alternativa é a troca iônica, que consiste na troca do ânion (partícula capaz de receber elétrons) com o perclorato, que tem carga negativa. Essa tecnologia é a mais utilizada devido a sua eficácia. Entretanto, nesse processo, é acumulada uma grande quantidade de sais, o que pode ser um problema para os cursos d’água.
Além disso, para favorecer a degradação dessa substância, podem ser inseridos agentes biológicos no ambiente. Os agentes biológicos utilizados são bactérias com a presença de enzimas capazes de diminuir a quantidade de perclorato no ambiente. Elas fazem uso do perclorato para atuar em seu metabolismo.
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