Dados divulgados pela Global Forest Watch possibilitaram a contagem de perda de árvores em 2021. De acordo com o relatório, cerca de 11 milhões de hectares de cobertura florestal foram perdidos nos trópicos devido ao aumento da população e à demanda por comida e energia.
A maior parte da perda foi localizada em florestas tropicais primárias, onde 3,75 milhões de hectares foram perdidos. A perda florestal no Brasil, especialmente, foi de um milhão de hectares, o que corresponde a 40% do total, seguido pela República Democrática do Congo, com 499 mil hectares perdidos. A queda dessas árvores foi responsável pela liberação de 2,5 gigatoneladas de carbono na atmosfera, um grande contribuinte para a agravação do aquecimento global.
Uma pesquisa recente foi capaz de apontar que a floresta amazônica está perdendo sua resiliência frente às mudanças climáticas, podendo se transformar de floresta tropical para uma savana por conta do desmatamento constante. Além de ser uma perda mundial imensurável, essa transformação também seria responsável pela liberação de milhares de toneladas de CO2 na atmosfera.
Grande parte do desmatamento brasileiro que ocorre na floresta amazônica e no Pantanal é devido à expansão agrícola. Recentemente, um relatório divulgado pela ONU apontou que 40% das terras do planeta já foram degradadas pelas ações humanas, sendo a agropecuária uma das principais responsáveis.
As florestas boreais do norte também sofreram. A Rússia, por exemplo, perdeu mais de 6 milhões de hectares de cobertura arbórea, devido aos frequentes incêndios florestais. Esses incêndios, porém, apresentam outra ameaça, uma vez que a Sibéria possui grandes áreas de permafrost — cujo derretimento e decomposição de matéria orgânica cada vez mais alta libera grandes quantidades de gases do efeito estufa, como o carbono e o metano.
Contudo, a Global Forest Watch alega que se concentra nas perdas das florestas tropicais, uma vez que 96% do desmatamento causado pelo homem ocorre nessas áreas. Já nas florestas boreais, a perda de cobertura florestal é temporária e ocorre majoritariamente devido a incêndios florestais.
Em 2021, 141 países se comprometeram a reverter a perda florestal até 2030 durante a Declaração do Líder de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra. Porém, os dados divulgados pela Universidade de Maryland mostram que muito há de ser feito para que a reversão possa ser concluída.
De acordo com os dados divulgados, o desmatamento florestal manteve-se alto. O que foi perdido em 2021 foi aproximadamente a mesma quantidade que aumentou entre 2019 e 2020.
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